Após o recorde de mortes por dengue registrado em 2022, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para o aumento de casos da doença, além do chikungunya em todo o Brasil neste ano de 2023. O governo demonstra preocupação com as chances de confirmação de uma epidemia em alguns Estados do país já nas próximas semanas.
A dengue avançou 53% de janeiro a março, e o chikungunya, 98% no mesmo período, na comparação com os mesmos meses em 2022. Além disso, foram contabilizados 404 mil casos de dengue, com 117 mortes; 54 mil casos de chikungunya, com 6 mortes; e 1.625 casos de Zica, mas sem mortes.
Paulo Olzon, infectologista da Universidade Federal de São Paulo, destaca a importância de ações preventivas contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti: “Nós estamos em um período, desde o ano passado, com uma quantidade de chuva muito grande. Nos meses de março e fevereiro choveu praticamente quase todos os dias em São Paulo. Isso ocorreu na região sudeste e na região centro-oeste. Isso explicaria o aumento de casos”.
Em 2022, a dengue levou 1.016 pessoas à morte, a maior marca histórica desde 2015, quando 950 óbitos. Além da dengue, o mosquito também é transmissor da zika, chikungunya e febre amarela.