Trabalhadores do mercado formal de todo o país já fazem planos para utilizar o pagamento do 13º salário. O benefício deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 249,8 bilhões, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O montante representa quase 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Aproximadamente 85,5 milhões de brasileiros serão beneficiados com o rendimento adicional, com valor médio de R$2.672.
Para ajudar os brasileiros a dar um bom destino a esse valor, Lucas Dezordi, economista-chefe da TM3 Capital, gestora de recursos de terceiros, traz três dicas valiosas:
Pagar dívidas ou fatura do cartão de crédito
Quando uma pessoa não consegue pagar o valor total da fatura do cartão de crédito, optando por parcelar esse valor ou pagar o mínimo exigido, a diferença que não é paga é financiada com o chamado crédito rotativo, com taxas de juros bastante elevadas, que podem chegar a 363,40% ao ano.
“Usar esse valor para pagar a fatura do cartão de crédito é uma excelente escolha, pois assim o cidadão evita gastar uma boa quantia em juros. E se tiver qualquer outra dívida ou conta atrasada, também é uma decisão inteligente usar esse recurso para quitar esses débitos. Sempre que possível, devemos optar pelas compras e pagamentos à vista, para não ficarmos refém dos parcelamentos e dos juros”, comenta o especialista.
Investir e fazer o dinheiro render
“Para quem está sem dívidas, uma boa alternativa é fazer esse dinheiro render. É uma opção de investimento acessível e segura é a Renda Fixa, pois nela o cliente sabe antecipadamente quanto será o seu retorno financeiro”, explica Dezordi. Segundo o executivo, ao investir R$ 1.000,00 em Renda Fixa, pode-se ter um rendimento bruto de R$ 137,50 durante o ano.
Consumo consciente
Outro bom destino para o dinheiro é realizar um consumo consciente. Um dos objetivos de injetar recursos na conta dos brasileiros é ajudar na recuperação da fraca atividade econômica, principalmente nos setores de serviços e comércio.
“A perspectiva de crescimento do PIB para 2022 é de 2,8%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Nossa economia precisa de novos estímulos e eles podem vir do consumo consciente. Esse recurso poderá ser importante para a recuperação de atividades muito afetadas pela pandemia, assim como comércio e serviços”, comenta o especialista.