Fonte: G1
Nesta terça-feira (20), o Profissão Repórter falou sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes e um dos casos mostrados foi o de uma menina de 13 anos, da zona rural de Sena Madureira, no Acre.
A adolescente começou a ser estuprada aos 11 anos e engravidou aos 12. Como agressor era seu vizinho, ela teve que deixar a casa dos pais e passar três meses em um abrigo até que ele fosse preso. A mãe custou a acreditar que uma pessoa tão próxima à família fosse realmente a culpada.
“Eu tinha toda confiança nele, porque ele era pastor da igreja que a gente frequentava antigamente”, lamenta ela, que fala dos primeiros sinais que a fizeram perceber que algo estava errado com a filha: “Ela começou a ser agressiva dentro de casa, chorava muito, vivia triste. Eu tentava entender o que estava acontecendo e ele não me falava”.
Questionada por que não contou para ninguém que estava sendo vítima de abuso, a menina conta:
“Porque achei que ninguém ia me apoiar, e eu tinha medo também. Eu não sabia o que era abuso”.
Assim como a filha, a mãe da adolescente a teve com 13 anos e parou de estudar depois que virou mãe. A jovem quer traçar um caminho diferente e diz que sonha em ser veterinária.
“Eu não queria isso para ela. Queria que ela estivesse estudando, que ela pudesse sair e se divertir. Não passar o que eu passei na idade nela, entendeu?”, lamenta a mãe.