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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Diretor da Caixa é morto e encontrado no edifício-sede do banco, em Brasília

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Sérgio Ricardo Faustino Batista, 54 anos, diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa foi encontrado morto na noite de ontem no edifício-sede do banco estatal, em Brasília. De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal, o diretor foi encontrado já sem vida na parte externa do prédio. 

Investigado pela 5ª DP (Delegacia de Polícia), o caso é tipificado, preliminarmente, como suicídio.

Em nota, a Caixa manifestou pesar pela morte do funcionário. “Nossos sinceros sentimentos aos amigos e familiares, aos quais estamos prestando total apoio e acolhimento. O banco contribui com as apurações para confirmar as causas do ocorrido”, disse.

Ao site Metrópoles, a informação é de que a PF (Polícia Federal) foi informada da ocorrência. Já ao site do UOL que procurou a corporação, o caso é investigado somente pela Polícia Civil.

A diretoria até então comandada por Batista foi a responsável por receber as denúncias de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães . embora ele negue essas acusações. Além de investigar condutas de cunho sexual dos funcionários, o órgão também apura casos de abuso de poder, discriminação, corrupção, lavagem de dinheiro e nepotismo, por exemplo. Uma vez recebidas estas denúncias, elas são encaminhadas à Corregedoria do banco.

As acusações

Os casos de assédio sexual relatados por funcionárias da Caixa contra Pedro Guimarães incluem toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho.

As denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal. O TCU (Tribunal de Contas da União) também pediu a órgãos de controle a abertura de investigação. Investigadas pelo Ministério Público Federal, as denúncias também estão sob averiguação do TCU (Tribunal de Contas da União).

Após os primeiros casos virem à tona, outros relatos surgiram. Uma testemunha, que é assessora de diretoria do banco e trabalhava na matriz, mas não diretamente com Guimarães, afirma que as funcionárias se escondiam no banheiro ao ouvir a voz do chefe no corredor. O relato foi revelado pela GloboNews.

Funcionária da Caixa há 11 anos e gerente de agência há 7 anos em uma capital do país, Rosimara* (nome fictício), afirma que a entrada de Guimarães na chefia do banco trouxe com ela uma naturalização da cultura do assédio. 

Casos de assédio moral também foram denunciados. Áudios obtidos pela coluna de Rodrigo Rangel, no site Metrópoles, mostram o ex-presidente da Caixa ameaçando funcionários demitidos, além de uma rotina de xingamentos.

Durante uma reunião, o ex-presidente chegou a declarar: “Caguei para a opinião de vocês porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão”.

Em outro áudio, Guimarães insinua que pode demitir funcionários que tomarem decisões sem consultá-lo. 

“Vocês são malucos. Vocês só têm a perder. Não tem que ligar para ninguém. Se eu não dei ok, não dei ok e acabou. Por que vocês vão tomar o risco de perder a função por uma coisa que eu não autorizei?”, questiona Guimarães. 

Com a revelação dos casos, Guimarães pediu demissão. Em seu lugar, assumiu Daniella Marques, então da equipe econômica do ministro Paulo Guedes. (UOL)

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