O reajuste determinado pela ANS diz respeito apenas aos planos de saúde individuais, que hoje representam 18% de todos os contratos ativos no mercado. O restante dos planos são coletivos e têm reajustes previstos por contrato, sem passar pela regulação da agência.
A falta de regulação fez com que as operadoras se concentram nos planos de saúde coletivos, que lhes garantem maiores lucros. Embora as empresas usem o reajuste estabelecido pela ANS para os contratos individuais como uma referência, os reajustes dos planos coletivos sempre são maiores.
Em 2021, por exemplo, enquanto os planos individuais tiveram queda de 8,19%, os planos coletivos com 30 clientes ou mais tiveram reajuste médio de 5,55% e os planos coletivos com até 29 clientes passaram por reajuste ainda maior, de 9,84%, de acordo com a agência regulatória.
Especialistas na área explicam que o poder de negociação dos clientes de planos coletivos com as operadoras é pequeno, o que abre margem para aumentos abusivos. Um dos pontos mais criticados é o reajuste por faixa etária, que estabelece aumentos nas mensalidades conforme os usuários envelhecem.
Eles também cobram maior regulação do setor e mais transparência nos procedimentos da própria ANS, que atualmente define o reajuste para os planos individuais com base apenas nas informações fornecidas pelas operadoras. As informações são do Terra.