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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Começar a investir em 2022: como evitar os principais erros

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O número de investidores no Brasil tem crescido a saltos gigantescos. Em 2021, o número de pessoas físicas cadastradas na B3, a bolsa de valores brasileira, aumentou 43% em relação a 2019. Isso indica o desenvolvimento do mercado financeiro no país e demonstra que mais pessoas têm optado por tirar o dinheiro da poupança em busca de maior rentabilidade, ainda que em opções de renda fixa.

No entanto, a Taxa Selic subiu consideravelmente ao longo do ano, saltando de 2% em março para 9,25% agora em dezembro, o que altera o rendimento de uma série de ativos e, por consequência, exige do investidor uma nova estratégia e posicionamento. E isso vale não só para investidores experientes, mas também para aqueles que estão começando.

“Estamos vivendo um novo ciclo de alta de juros, que aumenta diretamente a rentabilidade dos investimentos em renda fixa, como títulos de emissão bancária, fundos DI, e o próprio Tesouro Direto. Esses investimentos, que oferecem menor risco, se tornaram muito mais atraentes do que em tempos de Selic mais baixa. De toda forma, é preciso traçar uma estratégia de diversificação bem desenhada, considerando os objetivos de curto, médio e longo prazo”, explica Bruno Monsanto, sócio e assessor da RJ Investimentos, escritório de investimentos vinculado à plataforma Modalmais.

Neste contexto, o especialista listou cinco dicas para ajudar a otimizar a sua estratégia e evitar investimentos mal sucedidos.

Reserva de liquidez

Construir uma reserva de baixo risco e alta liquidez é um dos principais passos para quem está começando a investir. Conhecida também como reserva de emergência, ela permite que o investidor tenha sempre ao alcance uma parcela do patrimônio, caso surjam imprevistos. Se ele não possui a reserva, pode se ver obrigado a resgatar ativos voláteis em um momento de baixa, muitas vezes perdendo dinheiro. 

“Existe um certo consenso entre educadores financeiros de que a reserva deve ser equivalente a seis meses do seu gasto mensal. Eu vou um pouco além, prefiro chamá-la de reserva de liquidez, pois ela deve ter outra função além de cobrir gastos com imprevistos. Manter pelo menos 10% da carteira reservados para capturar boas oportunidades de investimento que possam surgir, principalmente em momentos em que o mercado está volátil, é uma estratégia inteligente”, completa Monsanto.

Escada de liquidez

A rentabilidade pode ser aumentada através da chamada escada de liquidez com produtos de renda fixa, de baixo risco. Neste caso, o investidor pode aplicar os recursos em títulos com vencimentos e retornos diferentes. Monsanto explica que, ao adquirir um título por 12 meses com um rendimento de 12% a.a., por exemplo, e aplicar outra parcela de recursos em um título com vencimento de 36 meses e um rendimento maior, sua necessidade de liquidez é atendida e a rentabilidade é maximizada.

“Dessa forma, é possível planejar um fluxo de liquidez, que possibilita resgates  em diferentes momentos e otimizar a rentabilidade média dos títulos. Mesmo com um perfil totalmente conservador, é possível fazer essa otimização sem desrespeitar o limite de risco desejado”, acrescenta o assessor de investimentos.

Diversificação dos investimentos

Se o patrimônio é concentrado em um único ativo e ele sofre uma desvalorização, toda a carteira é afetada. Por isso, a diversificação de produtos é outra tática importante para a proteção do capital. Assim, o investidor poderá alocar em diferentes estratégias, como títulos de renda fixa bancários, títulos de crédito privado, ações, criptoativos, investimentos internacionais, entre outros.

“Hoje é recomendável, inclusive para investidores conservadores, fazer uma diversificação não só na renda fixa, mas também considerar uma alocação pequena em ativos mais arrojados, que podem representar um percentual baixo, como 5% da carteira, por exemplo, entregando retornos mais expressivos a longo prazo. E devemos considerar também a diversificação global da carteira, acessando os mercados internacionais de forma muito simples, por exemplo, através de fundos de investimento ou da própria B3, a bolsa brasileira”, comenta Bruno.

Planejamento bem feito

Para evitar os erros mais comuns de investidores inexperientes, um bom planejamento ajuda a definir quais são os objetivos, o nível de tolerância a riscos, o percentual dos recursos que serão aplicados em cada classe de ativos e a necessidade de liquidez da carteira.

“É necessário entender o que o investidor pretende atingir em termos de retorno e o risco que está disposto a aceitar, para calibrar a carteira. Se você deseja dobrar o patrimônio em um ano, um profissional experiente vai deixar claro que isso não será possível sem assumir um risco enorme. Desconfie de promessas de altos retornos no curto prazo”, alerta o profissional.

Sangue frio

Serenidade é uma qualidade valiosa para quem quer investir, mas nem sempre comum aos investidores iniciantes, ávidos para ver retornos rápidos. Porém, Monsanto explica que é necessário paciência e que decisões tomadas tanto em momentos de euforia quanto de pânico não costumam trazer bons resultados.

“Temos uma cultura imediatista, mas com dinheiro não funciona assim. Quando você investe em ações, na verdade, você está investindo em empresas. Ainda que as ações oscilem no meio do caminho, é preciso manter a cabeça no lugar para não sair em um momento de baixa e realizar o prejuízo, quando esta decisão for tomada no calor da emoção, de forma irracional. Investir em ações não é como jogar em um cassino. Por exemplo, um recurso muito simples e eficiente, é a definição de um objetivo de ganho, e de um percentual de ‘perda aceitável’ para cada operação. Se o ganho almejado for alcançado, venda. Se a queda encostou no limite aceitável de perda, venda. Assim você evita a síndrome do jogador de cassino”, completa.

Acompanhamento profissional

Para investidores de primeira viagem, o auxílio de um profissional qualificado é imprescindível. Esse acompanhamento evita decisões pouco assertivas, que podem fazer perder dinheiro, e ajuda a identificar oportunidades, que podem ser percebidas por investidores mais experientes e profissionais da área.

“É natural que investimentos mais complexos exigem mais conhecimento. Hoje, com uma assessoria bem feita, você não precisa ser expert e não precisa começar pelo arroz e feijão. Com a ajuda de um profissional, você consegue começar com uma carteira mais sofisticada, de forma assertiva”, recomenda Bruno Monsanto.

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