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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Carnaval, mais riscos que benefícios

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Discute-se muito se as cidades devem permitir o Carnaval. Há sugestões para tudo para a gandaia acontecer. Na Capital, por exemplo, alguém teve a ideia de obrigar os foliões a usar máscara. É como chover no molhado. Muitas cidades já cancelaram a farra depois de pressão popular, mas outras insistem em fazer um “carnaval controlado”. O argumento é o de sempre: é cultura popular, reforça a economia da cidade e é a oportunidade do cidadão extravasar suas indignações.

A razão e a inteligência recomendam não permitir o Carnaval. Seria impossível fiscalizar o que pode acontecer nos chamados bloquinhos ou mesmo nas escolas de samba. Muita gente não tomou vacinas, por ignorância mesmo, e essa gente não tem o direito de contaminar os demais.

O dinheiro que possíveis turistas podem levar para a uma cidade carnavalesca certamente não cobrirá o custo do conserto depois – mais internações, mais UTIs, mais mortes. E afirmar que Carnaval é cultura soa como brincadeira. Basta relembrar as transmissões de TV de carnavais passados, onde a impressão que se tinha era de uma festa no estilo de Sodoma e Gomorra.

Carnaval, pelo jeito, se resume a sexo e bebedeira. Praticamente todas as prefeituras distribuem preservativos, e na época de Carnaval, fazem campanha para todo mundo usá-los. Tem-se a impressão que há uma espécie de obrigação de fazer sexo durante o Carnaval. Em anos passados, chegava a haver filas nas portarias de motéis, tamanha era a procura. Outra incoerência.

O sujeito gasta dinheiro bancando a cerveja, a gasolina, a diária do motel, e se sua acompanhante for uma prostituta, vai pagar pelo serviço. Mas o preservativo, que é o mais barato nessa história, precisa ser bancado pelo governo.

Os acidentes nessa época são muitos, e todos são praticamente resultado das bebedeiras. Outra incoerência – por que beber tudo no Carnaval. Quem gosta bebe o ano inteiro, por prazer ou por algum remorso. Mas bebe, e não precisa esperar o Carnaval para entornar o barril.

E a oportunidade do cidadão extravasar não está no Carnaval. Nunca esteve. Lugar pra isso chama-se votação. Não está contente com o governo, com sua situação? Vota contra, e está resolvido. E ainda sobre Carnaval: as músicas mais tocadas sempre foram as compostas há décadas. Será que Carnaval também emburrece as pessoas?

ANSELMO BROMBAL – Jornalista

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