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sexta-feira, 22 novembro, 2024

YouTube vai banir conteúdo antivacina

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Após mirar desinformação sobre imunizantes contra a Covid, plataforma anuncia que vai remover vídeos com informações falsas sobre todas as vacinas aprovadas por autoridades de saúde, assim como canais antivacina

O Youtube anunciou na quarta-feira (29) que vai remover da plataforma vídeos que contiverem informações falsas sobre qualquer vacina aprovada por autoridades de saúde, indo além da proibição anterior de desinformação sobre os imunizantes contra a Covid.
A proibição desses conteúdos ocorre num momento em que autoridades de saúde de vários países tentam convencer alguns setores mais céticos de suas populações a se vacinarem para conter a pandemia do coronavírus. O Youtube começou a remover já no ano passado conteúdos enganosos referente a vacinas contra a Covid comprovadamente seguras.
Agora, a plataforma afirmou que suas preocupações sobre a disseminação de teorias das conspiração médicas vão além da pandemia.
“Temos visto constantemente alegações falsas sobre as vacinas contra o coronavírus se transformarem em informações errôneas sobre as vacinas em geral”, disse o YouTube em comunicado. “Estamos agora num ponto em que é mais importante do que nunca expandir o trabalho que começamos com a Covid para outras vacinas”.
As novas regras proíbem informações incorretas sobre “vacinas atualmente em uso que são aprovadas e confirmadas como seguras e eficazes por autoridades sanitárias locais e pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”. A plataforma online também anunciou o encerramento de canais de “conhecidos disseminadores de desinformação sobre vacinas.”
Exemplos de conteúdos que serão vetados no YouTube são vídeos que afirmam que a vacina contra a gripe causa infertilidade e que a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, parotidite e rubéola, poderia causar autismo. Conteúdo que “diz falsamente que que substâncias nas vacinas podem rastrear quem as recebe” também será removido, disse a plataforma.
A medida foi anunciada num momento em que o YouTube e outras gigantes da tecnologia, como as redes sociais Facebook e Twitter, enfrentam fortes críticas por não fazerem o suficiente para impedir a disseminação de conteúdos falsos.
O YouTube disse ter removido mais de 130 mil vídeos desde o ano passado por violarem suas políticas relativas a vacinas contra a Covid. Também na quarta-feira, a plataforma apagou dois canais em alemão da emissora russa RT, financiada pelo governo da Rússia, afirmando que a difusora violou suas políticas contra desinformação sobre Covid.

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