Nos Estados Unidos, duas crianças morreram vítimas de ataques de uma ameba mortal. O organismo, de apenas uma célula, é chamado de Naegleria fowlery, e é frequentemente encontrado em lagos de água doce ou lagoas, sendo capaz de destruir as células cerebrais.
Médicos que acompanharam os casos acreditam que as crianças foram infectadas pelas células após inalarem água contaminada enquanto nadavam. Uma das vítimas foi um menino de sete anos, habitante do condado de Tehama, no norte da califórnia.
O garoto foi levado às pressas ao hospital no dia 30 de julho, falecendo no dia 7 de agosto. O segundo caso aconteceu 10 dias depois com uma criança que não foi identificada, que morreu no estado da Carolina do Norte.
Segundo informações do Departamento de Saúde e Serviços Humanos da Carolina do Norte (NCDHHS), a criança ficou doente depois de nadar em um lago privado em sua própria residência no mês de agosto.
Após a realização de testes laboratoriais, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), descobriu que a morte também aconteceu pela Naegleria fowlery.
A ameba “comedora de cérebro” é um flagelado (excavado), ou seja, um protozoário que se locomove por meio de flagelos e que possui escavações (sulcos) em sua superfície. Ela tem a capacidade, ainda, de mudar sua forma enquanto se locomove. O organismo gosta de águas doces e quentes, resistindo a altas temperaturas de até 46 °C. Quando entram pela boca, as amebas são inofensivas, mas se entrarem pelo nariz, os danos são sérios e podem ser irreversíveis.
Uma vez no cérebro, as células começaram a ser devoradas, assim como os neurônios, e acabam provocando uma condição chamada de meningoencefalite amebiana primária (MAP), fatal na maior parte dos casos e sem tratamentos eficazes. Nos Estados Unidos, somente 34 casos foram relatados entre os anos de 2010 e 2019. Aqui no Brasil, de acordo com dados do ano passado, não há casos registrados, ainda que a ameba exista em rios brasileiros.
Ainda não há normas sobre como evitar a infecção pela ameba, mas as autoridades norte-americanas recomendam que as pessoas evitem que a água entre pelo nariz quando nadam nesses lagos, mergulhando de nariz fechado, por exemplo