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domingo, 24 novembro, 2024

Funcionários preferem comunicação aberta a benefícios

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Pesquisa aponta que 81% dos funcionários ficariam sem plano de saúde para ter voz dentro da empresa

Uma pesquisa realizada pela 15Five, nos Estados Unidos, mostra que 81% das pessoas preferem trabalhar em uma empresa que valorize a comunicação aberta a uma que ofereça benefícios tais como, plano de saúde, alimentação gratuita ou mensalidades em academia.

“Não significa que os funcionários não gostem desses complementos, mas o que eles estão querendo revelar é que é preciso um ambiente profissional próximo, integrado e transparente. Só assim se terá satisfação em ser da companhia”, traduz Márcia Karelisky, consultora em comunicação.

Segundo a especialista, esse desejo tem a ver com as novas gerações e as mudanças comportamentais. “A sociedade atual tem mais voz ativa, basta ver as mídias sociais, e no emprego não seria diferente. Nós sentimos necessidade de dar ideias ou de falar quando algo nos incomoda ou prejudica”, relata.

Em tempos de crise, a importância da comunicação interna se intensifica e as empresas com estilos extremistas perdem cada vez mais o apoio dos colaboradores. “Empresas que se comportam de maneira mais flexível tendem a desenvolver vontade de trabalhar nos funcionários e, consequentemente, ela irá passar pelas turbulências com mais equilíbrio e engajamento, pois criam ambientes de trabalho por meio do desenvolvimento da cultura da confiança”, destaca Márcia.

A comunicação, quando bem estruturada, tem o poder de engajar o empresário e os colaboradores em um elo quase inquebrável. “Essa integração chega a tal ponto que não se sabe mais se é a gestão quem motiva a equipe ou se é o time que impulsiona”, detalha a especialista.

O movimento empresarial de se ouvir as opiniões e as sugestões dos funcionários já é um grande diferencial, mas apenas isso não basta. “Ter o canal aberto não é diferencial e não surpreende mais, já virou mesmice. O próximo passo é dar sequência à ideia do colaborador, possibilitá-la, empregar vontade política nela, e depois disso, se a ideia não for mesmo viável, dar um retorno condizente ao funcionário e até mesmo reconhecê-lo se o projeto for implantado”, ensina Márcia.

É importante que a empresa seja transparente e exponha sua situação até mesmo financeira aos colaboradores. “Se o objetivo é estabelecer uma comunicação eficaz entre líderes, equipes, pares e departamentos, investimento e cortes precisam ser informados quase que em tempo real. Isso facilita até mesmo no momento de uma demissão”, conclui Márcia.

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