Mesmo sem previsão de retorno, secretários elaboraram cartilha nacional com diretrizes que devem ser seguidas assim que as atividades presenciais forem autorizadas
Ensino mesclado entre o presencial e o à distância, redução do número de alunos em sala de aula, proibição de trabalhos em grupo, rodízio entre estudantes em sala e em casa, adoção das atividades on-line, uso de máscaras e álcool em gel, refeitórios com lugares marcados com distância de um metro entre um lugar e outro – essas são algumas das medidas recomendadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para o retorno às aulas presenciais no país.
O Consed, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), organizou um grupo de trabalho, liderado pela secretária de educação de Alagoas, Laura Souza, e o secretário de educação da Paraíba, Cláudio Furtado, para elaborar uma cartilha nacional a ser seguida pelos estados com adaptações quando for autorizado o retorno às aulas presenciais.
O Ministério da Educação não fez parte do grupo. A cartilha traz recomendações como garrafas de água de uso pessoal, reposição de aulas aos sábados ou feriados, como já havia anunciado o MEC, professores e alunos usando máscaras o tempo todo. O documento foi elaborado a partir da experiência de outros países que já retornaram às aulas e tomou por base ainda propostas de protocolos criadas por estados que já se adiantaram no quesito.
Para que o retorno seja feito de maneira segura, o plano recomenda três estratégias a serem avaliadas antes da reabertura das escolas. Elas incluem a prontidão do sistema, avaliando a disponibilidade de pessoas, infraestrutura, recursos e capacidade de retomar as funções.
ontinuidade da aprendizagem, para assegurar que a educação seja retomada e continue da forma mais harmoniosa possível após a interrupção; e resiliência do sistema, que consiste em construir e reforçar a preparação do sistema educacional para antecipar, responder e mitigar os efeitos das crises atuais e futuras.
O plano prevê sistemas, como o ensino híbrido de revezamento emergencial, que consiste em dividir os alunos entre aulas à distância e presenciais: enquanto metade da turma tem aula à distância em uma semana, na semana seguinte a outra metade comparece à escola. Entre as mudanças previstas pelo plano, está também a higienização mais rigorosa na hora de entrar na escola, desinfecção dos sapatos, mochilas, uso de máscaras e álcool em gel e medição de temperatura.