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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Empresa lança avião supersônico três vezes mais rápido que o Concorde

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O Aerion AS3, um jato supersônico que promete alcançar Mach 4+, ou seja, mais de quatro vezes a velocidade do som, já está quase pronto

O mundo da aviação ficou órfão de uma aeronave supersônica comercial desde a aposentadoria do Concorde em 2003. Mas esse cenário poderá mudar em breve graças a Aerion, uma empresa americana aeroespacial que anunciou um audacioso projeto – construir novos aviões supersônicos para passageiros e voos comerciais.

Os primeiros modelos já foram mostrados ao mercado. Um, em específico, chamou mais a atenção: o Aerion AS3, um jato supersônico que promete alcançar Mach 4+, ou seja, mais de quatro vezes a velocidade do som, algo na casa dos 6.200 km/h, e carregando perto de 50 passageiros. Com isso, seria possível viajar de Los Angeles a Tóquio em apenas três horas, ou de Paris a São Paulo em duas.

“Nossa visão é construir um futuro onde a humanidade possa viajar entre quaisquer dois pontos do nosso planeta em três horas. O voo supersônico é o ponto de partida, mas é apenas isso — o começo. Nós devemos ultrapassar os limites do que é possível”, disse o presidente e CEO da Aerion, Tom Vice, em um comunicado compartilhado pelo pessoal da CNN Brasil.

Os planos da Aerion são incríveis e já possuem data para sair do papel. Outro modelo de avião supersônico para passageiros projetado pela empresa, o Aerion AS2, que será capaz de voar a 1.600 km/h levando consigo de 8 a 12 passageiros, pode iniciar suas operações em 2026, segundo a própria fabricante.

Para tal velocidade (tanto no voo quanto na produção), a Aerion terá a ajuda da GE, que está produzindo o motor supersônico Affinity; e a Spirit AeroSystems, que está fabricando a fuselagem pressurizada. E, diferentemente do que acontecia com o Concorde, os modelos da Aerion não vão agredir tanto o meio ambiente.

“Nós descartamos isso porque é muito barulhento e emite muito monóxido de carbono no meio-ambiente. A segunda coisa em que pensamos foi a nossa fonte de energia. Queríamos uma aeronave que não dependesse de combustíveis fósseis e que pudesse operar com combustíveis 100% sintéticos desde o primeiro dia”, disse Vice.

Além disso, o barulhento — mas espetacular — estrondo do rompimento da barreira do som será bem menor nos Aerion, sobretudo no AS3, que vai voar bem mais alto e rápido. Mais detalhes serão revelados pela Aerion até o final de 2021.

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