Uma mulher, de 41 anos, e três homens, de 50 e 60 anos, foram presos em Betim, em Minas Gerais, por suspeita de favorecimento da prostituição e estupro de vulnerável de uma adolescente de 14 anos.
A mulher envolvida é a mãe da vítima, que não só teria conhecimento sobre ato, como também agenciava e impulsionava programas sexuais da filha, que começaram ainda em 2020, quando ela tinha 13 anos.
Na residência da jovem e da suspeita, as autoridades encontraram fantasias sexuais, vários preservativos e lingeries usadas pela menina e pela mãe, que também atuava fazendo programas.
De acordo com Ariadne Elloise Coelho, delegada responsável pela Delegacia da Mulher de Betim, a investigação começou após denúncias anônimas, que foram confirmadas por vizinhos.
Em seu depoimento, a adolescente relatou que escolheu se prostituir para ajudar com os gatos de sua família. As autoridades encontraram mensagens da mãe ensinando a filha a pedir alimento, dinheiro e outros bens aos homens.
“Apuramos que os programas sexuais aconteciam sempre a noite, na casa dos suspeitos ou dentro de veículos, em ruas ermas. A mãe sempre a orientava para pedir entre R$100 e R$200, além de mantimentos como carne”, disse Ariadne.
Um dos homens suspeitos em ter mantido uma relação sexual com a menina afirmou que, na primeira vez que pagou pelo programa, não tinha conhecimento sobre a verdadeira idade da jovem e teria sido ameaçado pela mãe da garota. “A mulher teria ligado para ele falando que a menina era menor de idade. Com medo de ser denunciado ele contou que começou a dar cada vez mais dinheiro e presentes, como um celular. Ele inclusive reclamou, em uma das mensagens que tivemos acesso, que teria gastado mais de R$ 2 mil com a adolescente, em um mês”, explicou a delegada.
“Observamos que a casa da família é muito humilde, mas tanto a adolescente quanto a criança, eram muito bem cuidados. Notamos é que, infelizmente, a menina aprendeu com a mãe. Ela age naturalmente e normaliza a situação. Se não ela tiver um acompanhamento e não forem oferecidas oportunidades, será complicado até para ela sair desse ciclo. Porque prendemos esses homens, mas ela pode voltar a fazer isso em um futuro não tão distante”, afirmou Coelho.
A menina foi levada para a casa de familiares. A mãe e os três homens continuam em prisão temporária e a Polícia Civil tem até 30 dias para concluir as investigações sobre o caso.