O Hospital São Vicente de Paulo tem se destacado no cenário da cardiologia clínica desde a inauguração de sua enfermaria especializada há dois anos. A equipe de cardiologistas do HSV dedica-se ao cuidado integral de pacientes com doenças cardíacas, proporcionando um atendimento personalizado e de alta complexidade.
Durante o Congresso Europeu de Cardiologia (ESC Congress 2024), realizado em Londres, a equipe do Hospital São Vicente, representada pelos cardiologistas Gustavo André Boeing Boros e Laís de Oliveira Toledo, apresentou um caso clínico que chamou a atenção da comunidade médica internacional. O caso é de uma paciente diagnosticada com vasoespasmo coronariano associado a uma cardiomiopatia hipertrófica.
“Uma paciente de 53 anos foi admitida na unidade com um quadro considerado típico, inicialmente suspeito de infarto do miocárdio. Contudo, durante o acompanhamento, identificamos que não se tratava de um infarto comum, mas de vasoespasmo coronariano, caracterizado por contrações involuntárias das artérias coronárias. Além disso, a paciente apresentava um quadro subjacente de cardiomiopatia hipertrófica (CMH), uma doença rara que até então não havia sido diagnosticada”, explicou Gustavo.
Diante desse cenário complexo, a equipe de cardiologia clínica do HSV seguiu o protocolo de Minoca (Infarto do Miocárdio com Artérias Coronárias Não Obstruídas), realizando exames como cateterismo e ressonância magnética cardíaca para confirmar o diagnóstico. A paciente recebeu tratamento medicamentoso e acompanhamento ambulatorial, apresentando recuperação bem-sucedida.
A condução do caso pela equipe do Hospital São Vicente foi amplamente elogiada no congresso. A abordagem multidisciplinar e o atendimento personalizado proporcionados aos pacientes na enfermaria de cardiologia do hospital foram destacados como fatores determinantes para o sucesso do tratamento.
Gustavo André Boeing Boros ressaltou a importância de centralizar os casos de cardiologia em uma enfermaria especializada, o que permite agilizar os processos e oferecer um diagnóstico mais preciso. Além disso, a colaboração com outras áreas, como a ressonância magnética, foi fundamental para a realização de um exame completo e detalhado da paciente.