publicidadespot_imgspot_img
19.3 C
Jundiaí
segunda-feira, 16 setembro, 2024

OMS publica estudo sobre a relação entre celulares e câncer cerebral

publicidadespot_imgspot_img

Um estudo encomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que não há evidências de que o uso de celulares aumente o risco de câncer cerebral. A pesquisa, que revisou amplamente estudos realizados entre 1994 e 2022, teve suas conclusões publicadas na revista científica Environment International.

Em 2013, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) classificou a exposição a campos eletromagnéticos de radiofrequência como um possível carcinógeno. Essa classificação gerou preocupações sobre a possibilidade de que o uso de celulares pudesse causar câncer cerebral. No entanto, até o momento, essa ligação não havia sido comprovada cientificamente.

Diante dessas preocupações, a OMS solicitou uma revisão sistemática de 63 estudos anteriores para avaliar os potenciais efeitos à saúde da exposição às ondas de rádio. A análise não encontrou evidências de que o uso de celulares esteja associado ao câncer cerebral, incluindo glioma, meningioma, neuroma acústico, tumores da hipófise, tumores da glândula salivar em adultos, e tumores cerebrais em crianças.

‘Quando a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) classificou a exposição às ondas de rádio como um possível agente cancerígeno em 2013, ela se baseou em evidências limitadas de estudos observacionais’, afirma o professor Ken Karipidis, da Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA), que liderou esta revisão. Segundo ele, esta é a avaliação mais abrangente e atualizada das evidências sobre o tema até o momento.

‘Esta revisão sistemática, que considera um conjunto de dados muito maior do que o analisado pelo IARC e inclui estudos mais recentes e detalhados, permite que tenhamos mais confiança de que a exposição a ondas de rádio de tecnologias sem fio não representa um risco para a saúde humana’, acrescenta Karipidis.

O professor também destaca que os resultados deste estudo estão em concordância com pesquisas anteriores realizadas pela ARPANSA. Apesar do aumento significativo no uso de tecnologia sem fio nos últimos 20 anos, não foi observado um aumento na incidência de câncer cerebral.

Com base nos resultados do estudo e em outras revisões encomendadas, a OMS está preparando uma Monografia de Critérios de Saúde Ambiental para abordar os efeitos da exposição às ondas de rádio na saúde. O documento refletirá as conclusões do estudo e as evidências mais recentes sobre o tema.

PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas