publicidadespot_imgspot_img
17.1 C
Jundiaí
domingo, 13 outubro, 2024

Mestre da Bossa Nova, Sergio Mendes morre aos 83 anos

publicidadespot_imgspot_img

O renomado músico Sergio Mendes faleceu na sexta-feira (6), aos 83 anos. Reconhecido como um dos artistas brasileiros mais bem-sucedidos internacionalmente, Mendes lançou 35 álbuns ao longo de sua carreira. Além de ter recebido uma indicação ao Oscar, ele conquistou um Grammy e dois Grammys Latinos.

Nascido em 1941 em Niterói, Rio de Janeiro, Sergio Mendes iniciou sua trajetória musical estudando música clássica e, ainda jovem, formou um grupo dedicado ao jazz, além de liderar diversos conjuntos como trios, quartetos e quintetos.

No início dos anos 1960, com a ascensão da bossa nova, Mendes fundou o “Bossa Rio Sextet”, que rapidamente se destacou na cena musical brasileira. Foi com esse sexteto que lançou o LP “Você Ainda Não Ouviu Nada”, com arranjos de Antonio Carlos Jobim, o renomado Tom Jobim.

Posteriormente, Mendes foi contratado por uma empresa têxtil e viajou com seu grupo, realizando shows como banda de abertura em desfiles de moda na Europa, Oriente Médio e Japão. Em 1962, ele participou do prestigiado Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, que contou com a presença de grandes nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Stan Getz e Charlie Byrd.

Após esse período, Mendes se mudou para a Califórnia, onde ampliou sua rede de contatos. Junto com o músico Herb Alpert, ele produziu o LP “Brasil 66”, que se tornou um sucesso global. Durante essa fase, a canção “Mas Que Nada”, de Jorge Ben, conquistou um marco histórico ao ser a primeira música cantada inteiramente em português a alcançar o top 5 na parada pop da Billboard nos Estados Unidos.

A notoriedade de Sergio Mendes cresceu internacionalmente, levando-o a participar de diversos programas de TV e especiais. Em 1967, ele embarcou em sua primeira longa turnê com Frank Sinatra e, posteriormente, tornou-se um artista regular no Japão, realizando mais de 30 turnês na região.

Nos anos seguintes, Mendes se apresentou na Casa Branca, fez outra turnê com Sinatra e produziu álbuns para vários artistas, incluindo Gilberto Gil. Em 1993, ganhou um Grammy por seu álbum “Brasileiro” e, em 2006, lançou “Timeless”, que contou com colaborações de The Black Eyed Peas, Stevie Wonder e Justin Timberlake, entre outros.

Além de suas contribuições musicais, Mendes também marcou presença na indústria cinematográfica. Em 2011, atuou como produtor musical executivo da animação “Rio” e emprestou sua voz a um dos personagens, um trabalho que foi indicado ao Oscar de Melhor Canção Original no ano seguinte.

Em 2015, Mendes e sua banda realizaram uma turnê mundial e se apresentaram para mais de 100 mil fãs no Rock in Rio, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ele colaborou na celebração das Olimpíadas de 2016 com a canção “Se Liga Ae”, ao lado de Baby do Brasil e Rogério Flausino.

Nos últimos anos, Mendes lançou um documentário sobre sua vida, que também inspirou o CD “Sergio Mendes: In the Key of Joy”, disponível no catálogo da Prime Video.

PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas