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segunda-feira, 14 outubro, 2024

Incêndio no Mursa devastou área de 302 campos de futebol

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O incêndio de grandes proporções que atingiu à Serra do Mursa destruiu aproximadamente 2,27 milhões de metros quadrados de vegetação. A extensão da área queimada é equivalente a 26% da área total que pertence à Várzea Paulista. A Polícia Ambiental investiga possível ação criminosa.
De acordo com o relatório da Defesa Civil de Várzea Paulista, a área atingida equivale a 302 campos de futebol. O incêndio, que começou em 12 de setembro e só foi totalmente extinto no dia 15, foi cinco vezes maior do que o último ocorrido em 2020, quando as chamas destruíram 440.000 m², ou 18% da área total da serra.
Conforme o relatório, as condições climáticas do período dificultaram o combate ao incêndio. Em comparação a 2020, o volume de chuvas entre março e setembro deste ano foi significativamente menor, com apenas 204,68 milímetros registrados. Já em 2020, foram 364,92 mm no mesmo período.
Além disso, outra situação que contribuiu para a queimada foi a temperatura média. Em 2024, foi de 31,57°C, 8°C a mais do que a média de 23,57°C, registrada em 2020. Para a Defesa Civil, a combinação de temperaturas mais altas e menor índice de chuvas criou um ambiente ideal para a propagação rápida das chamas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Várzea Paulista, Cristiano Vargas, as investigações iniciais apontam que o incêndio na Serra do Mursa pode ter sido causado por ação criminosa. No dia 17, a Defesa Civil identificou dois pontos de ignição onde o fogo pode ter começado. Os dados levantados pelo coordenador foram entregues à Polícia Ambiental.

Ações de combate e recuperação
Equipes de bombeiros, Defesa Civil e voluntários atuaram para combater e controlar o avanço do fogo. Segundo a Defesa Civil, a Prefeitura de Várzea Paulista vai destinar duas mil mudas para o reflorestamento da área atingida, e fazer o monitoramento contínuo da região para evitar novos focos de incêndio.
A Prefeitura também orienta sobre a conscientização da população para os riscos das queimadas e a necessidade de colaborar com ações de preservação ambiental, especialmente em períodos de estiagem prolongada e altas temperaturas.

Biomas devastados
De acordo com o Programa Queimadas, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estima-se que mais de 224 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa – considerando todos os biomas – tenha sido destruído, de janeiro a agosto deste ano, em todo o país. Essa extensão é equivalente a 15,8 mil campos de futebol.

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