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segunda-feira, 14 outubro, 2024

Empresa do ChatGPT afirma que novo modelo de IA tem capacidade de “pensar como um humano”

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A OpenAI anunciou um novo modelo de inteligência artificial que, de acordo com a empresa, é capaz de “raciocinar” e solucionar problemas mais complexos em áreas como ciências, programação e matemática, superando as capacidades das versões anteriores.

O modelo, o primeiro de uma série denominada OpenAI o1, foi lançado na quinta-feira (12) em formato de prévia, com a empresa afirmando que espera implementar atualizações e melhorias constantes. Ele será gradualmente disponibilizado para a maioria dos usuários do ChatGPT.

“Treinamos esses modelos para dedicarem mais tempo refletindo sobre os problemas antes de responder, de forma semelhante ao raciocínio humano”, explicou a OpenAI em seu site. “Durante o treinamento, eles aprendem a aprimorar seu processo de pensamento, testar diferentes estratégias e reconhecer seus próprios erros.”

Como exemplo do poder dos novos modelos, a OpenAI destacou que eles podem ser aplicados por pesquisadores da área da saúde para anotar dados de sequenciamento celular e por físicos para gerar “fórmulas matemáticas complexas necessárias para a óptica quântica”.

O potencial desses novos modelos de IA também foi enfatizado por Noam Brown, pesquisador da empresa. “O OpenAI o1 pensa por segundos, mas nosso objetivo é que futuras versões pensem por horas, dias ou até semanas. Os custos de inferência serão maiores”, afirmou Brown em uma publicação no X na quinta-feira, referindo-se aos custos — como o aumento no consumo de energia — associados ao uso da IA para processar as informações fornecidas pelos usuários.

“Mas qual seria o preço que você pagaria por um novo medicamento contra o câncer? Ou por baterias revolucionárias?”, acrescentou Brown.

A crescente demanda por energia da IA foi um dos temas esperados para discussão em uma reunião na quinta-feira (12) entre altos funcionários da Casa Branca e executivos das principais empresas de tecnologia dos EUA. Entre os presentes estavam Sam Altman, CEO da OpenAI, Ruth Porat, executiva sênior do Google, e Dario Amodei, CEO da Anthropic, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.

Embora a IA tenha o potencial de ajudar a resolver problemas complexos, como o câncer e a crise climática, também traz desafios consideráveis, incluindo como lidar com a enorme demanda de eletricidade necessária para operar sistemas avançados — o que pode agravar o aquecimento global.

A OpenAI informou que seu novo modelo ainda carece de alguns dos recursos que tornam o ChatGPT tão útil, como a capacidade de buscar informações na web e fazer upload de arquivos e imagens. “Mas para tarefas complexas de raciocínio, este é um avanço significativo”, declarou a empresa.

Nos testes, o OpenAI o1 demonstrou desempenho comparável ao de alunos de doutorado em tarefas avançadas de física, química e biologia, de acordo com a empresa. Em um exame qualificatório para a Olimpíada Internacional de Matemática, a nova série de modelos acertou 83% dos problemas.

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