Apesar das dúvidas levantadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) planeja continuar com o envio de observadores eleitorais para o país vizinho.
De acordo com fontes consultadas pela reportagem, as declarações de Maduro, embora graves, não comprometem o caráter técnico e institucional da missão brasileira.
De forma reservada, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que já presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que Maduro segue um padrão comum entre candidatos totalitários quando estão prestes a perder eleições.
Ele comparou essa situação à retórica do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2022, na qual foi derrotado. Os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral resultaram em sua condenação à inelegibilidade.
Outro ex-presidente do TSE ressaltou que a Organização dos Estados Americanos (OEA) tem monitorado as eleições brasileiras desde 2018 e sempre confirmou a idoneidade das urnas e a legitimidade do sistema de votação.