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sábado, 7 setembro, 2024

Costa do Marfim inicia distribuição das primeiras doses da nova vacina contra a malária

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Na segunda-feira (15), a Costa do Marfim começou a administrar as primeiras doses de uma nova vacina contra a malária em crianças. Esta vacina, mais acessível economicamente, foi celebrada como um avanço significativo na luta contra uma das doenças mais letais do planeta.

A vacina R21, desenvolvida pelo Jenner Institute da Universidade de Oxford e pelo Serum Institute of India (SII), está sendo distribuída para diversos países africanos e poderá ser administrada no Sudão do Sul nesta terça-feira (16), conforme comunicado da Universidade de Oxford enviado à reportagem.

Com um custo inferior a US$ 4 por dose, a vacina é viável para implementação em larga escala, podendo atingir dezenas de milhões de doses. Apresentando uma alta eficácia de aproximadamente 75% a 80% em crianças pequenas, a vacina representa um avanço significativo. “É uma opção realista para ser implementada em muitas dezenas de milhões de doses a partir de agora”, afirmou o professor Adrian Hill, diretor do Jenner Institute, em entrevista à BBC Radio na segunda-feira.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a implementação generalizada da vacina R21, juntamente com a vacina RTS,S, pode evitar até 500.000 mortes de crianças anualmente.

A malária, transmitida por certos tipos de mosquitos, é uma doença prevenível e tratável. No entanto, em 2022, a malária causou cerca de 608.000 mortes em todo o mundo, conforme dados da OMS. Aproximadamente 95% dessas mortes ocorreram na África, onde crianças menores de cinco anos representam cerca de 80% das mortes por malária no continente.

O Serum Institute of India (SII) já produziu mais de 25 milhões de doses da vacina R21 e comprometeu-se a fabricar até 100 milhões de doses por ano, garantindo a acessibilidade da vacina, conforme a declaração da Universidade de Oxford.

A universidade também informou que há doses suficientes para vacinar inicialmente 250.000 crianças com menos de dois anos na Costa do Marfim. Além disso, Gana, Nigéria, Burkina Faso e República Centro-Africana também aprovaram o uso da vacina.

A vacina R21 será utilizada em conjunto com a vacina RTS,S, que já foi administrada a mais de dois milhões de crianças durante um programa piloto de quatro anos em Gana, Quênia e Malaui, resultando em uma redução de 13% na mortalidade por qualquer causa, de acordo com o Unicef. Ambas as vacinas foram aprovadas pela OMS e espera-se que tenham um impacto extremamente positivo na saúde pública, complementadas por outras estratégias de prevenção, como o uso de mosquiteiros.

O professor Adrian Hill destacou que ainda há “muito trabalho para as pessoas no país se prepararem, especialmente quando se pretende distribuir milhões de doses a partir deste ano”. Ele explicou que a vacina requer três doses, normalmente administradas aos cinco, seis e sete meses de idade, com um reforço um ano depois. “Não é um momento em que outras vacinas costumam ser aplicadas, portanto, é necessário treinamento nesses países de renda relativamente baixa”, acrescentou.

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