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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Nikolas e Janones potragonizam briga na Câmara dos Deputados

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Os deputados federais André Janones (Avante-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG) protagonizaram um confronto acalorado na Câmara dos Deputados, culminando em uma troca de palavras e ameaças físicas. Durante a discussão, Janones proferiu ofensas e ameaças a Ferreira, enquanto este último desafiou-o a agir.

A situação exigiu intervenção para evitar uma possível briga física entre os parlamentares. Conflitos dessa natureza, embora não sejam incomuns na política, destacam a necessidade de um ambiente de debate mais respeitoso e construtivo para o bem-estar da sociedade e o progresso do país.

A tensão ocorreu durante a análise de um processo contra o deputado André Janones (Avante-MG), por suspeita de prática de “rachadinha”.

A ação foi arquivada pelo colegiado, com 12 votos a favor e 5 contra, o que gerou ainda mais confusão no plenário do Conselho de Ética. Os deputados Zé Trovão (PL-SC), Éder Mauro (PL-PA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) provocaram André Janones, chamando-o de “covarde” e “rachador” aos gritos. Diante das provocações, Janones demorou a reagir, mas quando o fez, iniciou-se um empurra-empurra entre ele e os deputados Nikolas e Éder, acompanhado de troca de insultos.

Em meio ao embate, a Polícia Legislativa precisou intervir, e André Janones deixou as dependências do colegiado escoltado pelos agentes.

Tensão no ar

A confusão envolvendo Janones não foi a única da sessão desta quarta-feira. Em determinado momento, a deputada Jack Rocha (PT-ES) apoiou o relatório de Boulos e mencionou o caso de Nikolas Ferreira (PL-MG), cujo processo por fala transfóbica foi arquivado no Conselho de Ética. A partir daí, o bate-boca aumentou. Os deputados Delegado Caveira (PL-PA) e Juliana Cardoso (PT-SP) começaram a discutir dentro do plenário.

Diante da crescente confusão, o presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), ordenou o esvaziamento do plenário, permitindo a permanência apenas de deputados. Assessores parlamentares, jornalistas credenciados e visitantes tiveram que deixar o local.

Mesmo após o esvaziamento do plenário, a confusão continuou. Em outro momento, Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, presente na sessão do conselho, foi provocado por Guilherme Boulos, que também é pré-candidato na corrida eleitoral em São Paulo. Na ocasião, Boulos pediu para que Marçal “não vendesse sua candidatura”, pois queria enfrentá-lo nos debates da eleição municipal.

Janones processado

André Janones é acusado de suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete, acusação que ele nega. Desde 2021, o caso está sob investigação da Polícia Federal (PF) e também tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações apontam que, em 2019, assessores e ex-assessores de Janones teriam sido obrigados a devolver parte dos salários que recebiam ao deputado. Há três semanas, o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), relator da ação contra Janones no Conselho de Ética, apresentou um parecer que reforçou a posição pelo arquivamento do caso na reunião desta quarta-feira.

Segundo Boulos, “não há justa causa” para justificar o prosseguimento do processo. Em seu voto, o relator argumentou que as supostas denúncias referem-se a um período anterior ao mandato de Janones na Câmara, que começou em 2023.

“Em suma, vamos à tese esposada: não há justa causa, pois não há decoro parlamentar, se não havia mandato à época — o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar”, escreveu Boulos.

Fonte: Agência Brasil/Portal Uai

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