Na madrugada desta quarta-feira (5), pichações vandalizaram a fachada do Studio Natalia Becker, localizado no bairro Campo Belo, na zona sul de São Paulo. Os grafites expressavam protestos pela recente morte do empresário Henrique Chagas, de 27 anos, ocorrida na última segunda-feira (3), após submeter-se a um procedimento conhecido como peeling de fenol.
Até a noite de terça-feira (4), mensagens como ‘Esteticista Assassina’, ‘Negligência?’ e ‘Justiça seja feita’ foram encontradas escritas na entrada da clínica e no muro que separa o espaço de outro imóvel. A Polícia Civil continua presente no local enquanto procura pela esteticista Natalia Fabiana De Freitas Antonio, de 29 anos, proprietária do estabelecimento onde o procedimento foi realizado em Henrique. As autoridades estão tratando o caso como homicídio.
De acordo com o delegado Eduardo Luís Ferreira, do 27º DP de São Paulo (Campo Belo), Natalia deixou a clínica após o incidente e, desde então, as autoridades não têm informações sobre seu paradeiro. O delegado destacou: ‘Neste momento está se evidenciando que, sim, ela fugiu da prisão em flagrante’.
“O relato inicial foi de que ela não estaria mais na clínica porque, ao saber do incidente, teria se sentido mal e buscado atendimento em um hospital. Foram indicados dois hospitais possíveis para onde ela poderia ter ido, inclusive pelo próprio marido dela, mas as buscas não encontraram indícios de sua presença nesses locais”, afirmou o delegado.
Ferreira acrescenta que a polícia foi até o endereço indicado como residência da esteticista, porém, não a encontrou. “Nós fomos até lá e tivemos a informação de que eles não moram lá há mais ou menos três meses. Então, são vários fatores que nos levam a crer que, de fato, o que houve ontem foi uma fuga de uma prisão em flagrante. Porque se ontem ela tivesse sido conduzida para cá, certamente ela seria autuada em flagrante delito”, afirma.
O caso, inicialmente registrado como morte suspeita, agora está sendo tratado como homicídio. “Desde ontem, por ocasião da instauração do nosso inquérito policial, assim que soubemos da morte do jovem, nós trabalhamos com a hipótese de homicídio. Ou seja: alguém causou a morte de alguém. Ou culposamente ou, eventualmente, dolosamente. Não sabemos ainda ao certo a definição de qual tipo de homicídio nós temos aí”, explica o delegado.