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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Premiê tailandês promete medidas mais severas contra o uso de maconha

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Até o final do ano, a Tailândia recategorizará a maconha como narcótico, afirma primeiro-ministro na terça-feira (7).

Numa reviravolta surpreendente, a Tailândia está prestes a reclassificar a maconha como narcótico, apenas dois anos após ter se tornado um dos primeiros países da Ásia a descriminalizar o uso recreativo.

Essa mudança ocorre apesar do rápido crescimento do setor varejista doméstico de maconha, com milhares de lojas e empresas emergindo na Tailândia nos últimos dois anos. As projeções indicam que esse setor pode valer até US$ 1,2 bilhão até 2025.

‘O Ministério da Saúde deve rever suas regulamentações e colocar a cannabis novamente na lista de narcóticos’, afirmou o primeiro-ministro Srettha Thavisin na plataforma de mídia social X.

Além disso, ele enfatizou que ‘o ministério deve agir rapidamente para emitir uma regulamentação que permita o uso da maconha apenas para fins médicos e de saúde’.

Em 2018, a Tailândia descriminalizou a cannabis para uso medicinal, seguida pela legalização para uso recreativo em 2022. No entanto, críticos argumentam que essas mudanças foram implementadas rapidamente, gerando confusão sobre as regras e regulamentos.

Os comentários do primeiro-ministro Srettha surgiram após uma reunião com agências responsáveis pelo combate ao tráfico de drogas, na qual ele prometeu uma postura mais rígida contra substâncias ilícitas e exigiu resultados tangíveis nos próximos 90 dias.

‘Drogas representam uma ameaça ao futuro do nosso país, muitos jovens estão se tornando viciados. Precisamos agir rapidamente, confiscar os bens dos traficantes e expandir o tratamento’, declarou o primeiro-ministro.

Ele também instruiu as autoridades a redefinirem a posse de drogas pela lei, reduzindo o limite de “pequena quantidade” para “um comprimido”, visando uma aplicação mais rigorosa das leis.

O governo de Srettha expressou o desejo de aprovar uma nova legislação sobre a maconha até o final do ano, proibindo seu uso recreativo e limitando-o apenas para fins médicos e de saúde.

Ainda não está claro quando a maconha será recategorizada como narcótico e quais procedimentos serão necessários para isso.

Prasitchai Nunual, secretário-geral da Cannabis Future Network da Tailândia, argumentou que a reversão da descriminalização da maconha seria prejudicial para a economia e afetaria negativamente pequenas empresas e consumidores.

“Muitas pessoas investiram na produção e na abertura de lojas de cannabis. Elas terão que fechar”, afirmou à Reuters.

“Se evidências científicas demonstrarem que a maconha é mais prejudicial que o álcool e o cigarro, então ela pode ser recategorizada como narcótico. Se a maconha for menos prejudicial, então deveriam considerar classificar também o álcool e o cigarro como narcóticos”.

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