O Laboratório Central da Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso concluiu recentemente o sequenciamento e identificação de uma nova subvariante do coronavírus durante uma pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro. Denominada JN 2.5, esta cepa representa uma variação da Ômicron e, até o momento, não havia sido registrada no Brasil. Países como Canadá, França, Polônia, Espanha, Estados Unidos, Suécia e Reino Unido já identificaram a presença da subvariante JN 2.5 em seus territórios.
Segundo informações da Secretaria, quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para essa subvariante ao longo da pesquisa. Todas essas pacientes apresentaram quadros graves de covid-19, necessitando de hospitalização, e uma delas veio a óbito. A Secretaria esclareceu que a equipe de Vigilância ainda está investigando o caso e não é possível afirmar que a causa da morte tenha sido exclusivamente a covid-19, considerando que a paciente já tinha uma condição pré-existente de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
As outras três pacientes, após receberem alta médica, encontram-se estáveis e estão seguindo protocolos de isolamento domiciliar sob a supervisão da Vigilância Municipal (a cidade não foi divulgada). Conforme o relatório da pesquisa, foram escolhidas e submetidas a sequenciamento genético 15 amostras positivas para covid-19, sendo 8 provenientes de Cuiabá e 7 de Várzea Grande. Todas as cepas identificadas pertencem a variações da Ômicron.
Notícia não é motivo de pânico
Apesar dos casos graves, a Secretaria destaca que “não há necessidade de criar pânico” em relação à nova subvariante. A pasta enfatiza, no entanto, a importância de manter a vigilância quanto aos sintomas gripais e de utilizar máscaras em situações de suspeita de gripe ou resfriado, além de adotar medidas de higiene como a lavagem frequente das mãos com sabão e/ou a utilização de álcool 70%.
“A busca por atendimento em uma unidade de saúde próxima é fundamental para que o médico avalie a melhor abordagem diante do quadro clínico. A vacinação contra o coronavírus também é imprescindível, sendo a única medida eficaz na prevenção da doença”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes. “A SES continua dedicada ao monitoramento do vírus e à identificação da classificação de risco.”