O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados iniciou um processo para investigar André Janones por suspeitas de envolvimento em práticas de rachadinha em seu gabinete. Em caso de condenação, o deputado corre o risco de perder seu mandato. O pedido para a abertura do procedimento partiu do Partido Liberal (PL), após a divulgação, pela coluna, de gravações que expõem Janones solicitando parte dos salários de seus assessores durante o ano de 2019.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Junior, está encarregado de selecionar o relator do processo a partir de três nomes sorteados pelo colegiado: Sidney Leite (PSD-AM), Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) e Guilherme Boulos (PSOL-SP).
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados iniciou um processo para investigar André Janones por suspeitas de envolvimento em práticas de rachadinha em seu gabinete. Em caso de condenação, o deputado corre o risco de perder seu mandato. O pedido para a abertura do procedimento partiu do Partido Liberal (PL), após a divulgação, pela coluna, de gravações que expõem Janones solicitando parte dos salários de seus assessores durante o ano de 2019.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Junior, está encarregado de selecionar o relator do processo a partir de três nomes sorteados pelo colegiado: Sidney Leite (PSD-AM), Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) e Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Na gravação realizada por assessores, Janones justificava que uma parcela dos salários dos colaboradores seria destinada à recuperação de seu patrimônio, que, segundo ele, foi “dilapidado” durante a campanha eleitoral de 2016. Naquele ano, o deputado sofreu uma derrota na corrida pela prefeitura de Ituiutaba (MG).
“Tem algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Porque eu perdi 675 mil reais na campanha. Elas vão ganhar mais, só isso”, menciona o deputado na gravação.
Na representação que desencadeou a abertura do processo contra Janones, o Partido Liberal (PL) argumenta que a transferência de parte dos salários teria sido uma imposição feita pelo deputado.
“A ‘solicitação’, verdadeiramente impositiva ante a própria ascendência funcional hierárquica entre os envolvidos, era dirigida aos funcionários públicos lotados em seu gabinete, os quais deveriam destinar uma parte de seus respectivos salários em benefício do deputado André Janones, conforme retratado nas reportagens e nos áudios divulgados. Trata-se do condenável esquema de ‘rachadinha’, uma prática ilegal e repudiável que, em tese, pode configurar crime de peculato”, declara o documento.