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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Por culpa do vento, presidente da Aneel admite que 11 mil pessoas continuam sem energia em São Paulo

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O presidente da Enel, Max Xavier Lins, afirmou nesta quarta-feira (8), que 11 mil imóveis da cidade de São Paulo e região metropolitana permanecem sem energia desde o temporal da última sexta-feira (3). Além dos clientes afetados há mais de cinco dias, outros 56 mil estão sem energia por conta de outras ocorrências.

Durante entrevista coletiva, o presidente da concessionária que administra a rede elétrica paulistana declarou que espera conseguir terminar os trabalhos até o final do dia. A Enel chegou a prometer que o restabelecimento total seria feito até a noite desta terça-feira (7), o que não ocorreu.

De acordo com o executivo os fortes ventos que atingiram a capital paulista pelo ocorrido é o principal fator que impediu o cumprimento do prazo. “O evento da sexta-feira passada foi de uma magnitude enorme. Algo que os próprios institutos de meteorologia não previam, com rajadas de até 105 km/h. Isso teve um impacto destruidor sobre a rede de energia elétrica, principalmente porque é uma rede majoritariamente aérea. Temos 43 mil km de rede, dos quais 2 mil km são trechos e 41 mil km são aéreos”.

Mais de“95% das ocorrências na rede vieram das árvores, substituindo centenas de postes e transformadores. Foram mais de 100 km de cabos de tensão média. Uma distância superior a entre São Paulo e Campinas.

De acordo com Max Xavier Lins, entre os 11 mil imóveis que continuam sem energia, 2 mil são ocorrências “mais relevantes” e que ainda são relevantes da retirada de árvores e destruições do temporal, por exemplo.

Questionado sobre a possibilidade de aterramento dos fios da cidade, o presidente da Enel rejeitou que fosse economicamente viável fazer isso com a totalidade da rede elétrica: “Se fossemos enterrar todas as redes, 1 km de rede subterrânea custa dez vezes mais do que 1 km de rede aérea. A conta disso não caberia no bolso do consumidor no final do dia, simplesmente não caberia.

Ainda de acordo com Xavier, ao adotar o aterramento, o transtorno em uma megalópole como São Paulo paralisaria tudo. “A rede elétrica aérea não atende necessariamente às expectativas de confiabilidade e qualidade. Mas existem formas de tratar essa questão. Uma é o tratamento do principal elemento agressor, que é o vegetação”, afirmou o executivo, que também sugeriu o mapeamento das árvores e da condição fitossanitária da vegetação para evitar quedas.

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