Com um registro de 409 mm de chuvas, o mês de outubro apresentou um aumento significativo em relação à média dos últimos 10 anos, superando-a em 152%, já que a média era de 162 mm. Até o dia 14 de novembro, o mês atual registrou 41 mm de precipitação.
Com o intuito de reduzir os riscos associados à próxima temporada de chuvas, a Prefeitura de Jundiaí aproveitou o período de estiagem para implementar ações preventivas e realizar obras na cidade. Todas essas iniciativas são coordenadas pela Defesa Civil, em colaboração com as demais Unidades de Gestão.
O Coordenador da Defesa Civil, João Osório Gimenez Germano, destaca a constatação de que a intensidade do período de chuvas aumenta a cada ano. Portanto, ele enfatiza a importância do trabalho preventivo para minimizar os riscos e proteger a população. Ele também observa a evolução contínua desse esforço, com a implementação de novas ações e iniciativas que contribuem para tornar a cidade mais preparada para lidar com essas situações.
A Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) realizou, até o final de setembro, o desassoreamento e a limpeza de aproximadamente 5 mil metros de rios e córregos na cidade. Exemplos desses locais incluem o rio Capivari, o córrego do Traviú, o córrego da Roseira, o rio Toca, o Jundiaí-Mirim, entre outros.
Adicionalmente, a Unidade tem se empenhado em realizar obras de drenagem, visando assegurar um escoamento eficiente das águas pluviais. Atualmente, estão em andamento obras de canalização pluvial na avenida Antonio Pincinato, na rua Tiradentes e na Vila Savieto. Já foram concluídas na rua 8, no Jardim Novo Horizonte. Em toda a cidade, mais de 60 mil bocas de lobo foram limpas como parte dessas iniciativas.
“Essas obras estruturantes têm como objetivo aprimorar o fluxo de água e prevenir possíveis alagamentos. Destaca-se, ainda, o investimento em dois pôlderes no Jardim Tulipas, proporcionando maior segurança aos residentes”, enfatiza o Gestor de Infraestrutura e Serviços Públicos, Adilson Rosa.
No âmbito do Plano de Requalificação do Jardim São Camilo, está em andamento o desenvolvimento de um plano abrangente para mitigar os riscos presentes nas vielas do bairro. A iniciativa é coordenada pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) em parceria com a Fundação Municipal de Ação Social (Fumas).
O levantamento planialtimétrico atualizado de todo o bairro foi concluído para orientar as intervenções planejadas, juntamente com a elaboração da planilha orçamentária correspondente. Um investimento de R$ 10 milhões para as obras de requalificação da Viela Nossa Senhora das Graças foi incluído no projeto do Novo Pac, do Governo Federal, aguardando a possível alocação de recursos após a liberação por parte da Prefeitura.
O projeto contempla a implementação de medidas de contenção de deslizamentos, escadas hidráulicas e taludes, cujos projetos estão em fase de andamento, com a subsequente abertura de licitação e execução das obras. No momento, quatro áreas de risco estão sob monitoramento constante pela Defesa Civil.
Na avenida José Maria Whitaker, 22 residências localizadas em áreas de risco já foram demolidas, e as famílias afetadas estão recebendo suporte por meio de auxílio aluguel.
Além das medidas de mitigação de riscos, o Plano de Requalificação do São Camilo abrange a construção de áreas de lazer, conexão e convivência, proporcionando melhorias significativas para os moradores. A Defesa Civil continua monitorando quatro áreas específicas de risco no bairro.
No Santa Gertrudes, também houve a interdição e demolição de mais de 17 residências que apresentavam risco às famílias. Após visita social, foi detectado a necessidade de demolição de mais 13 casas. O mesmo acontece no Balsan, onde também serão demolidas 13 residências.
