O número de vítimas no conflito entre Israel e o Hamas ultrapassou 8.000 após 20 dias de confrontos, que começaram em 7 de outubro. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, 7.028 pessoas perderam a vida no enclave devido aos bombardeios israelenses, incluindo 2.913 crianças, 1.709 mulheres e 397 idosos, além de 18.484 feridos. Israel, por sua vez, relatou 1.400 baixas em ataques realizados pelo grupo islâmico e anunciou que 224 reféns estão em custódia do Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que cerca de 1.650 pessoas estão desaparecidas sob os escombros de edifícios destruídos pelos ataques aéreos, incluindo 940 menores de idade.
Entre as vítimas deste conflito, também se encontram cidadãos estrangeiros que perderam a vida, foram feitos reféns, permanecem desaparecidos ou estão retidos na Faixa de Gaza, aguardando a oportunidade de deixar a região e retornar aos seus países de origem. As autoridades de várias nações confirmaram a trágica morte de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos dos quais também detinham nacionalidade israelense. Abaixo estão alguns dos países que registraram vítimas entre seus cidadãos:
- Tailândia: 33 mortos e 18 sequestrados;
- Estados Unidos: 31 mortos e 13 desaparecidos;
- França: 31 mortos e 9 sequestrados;
- Ucrânia: 21 mortos e 1 desparecido;
- Rússia: 19 mortos, 2 sequestrados e 7 desaparecidos;
- Reino Unido: 12 mortos e 5 desaparecidos;
- Nepal: 10 mortos;
- Argentina: 9 mortos e 21 desaparecidos;
- Canada: 6 mortos e 2 desaparecidos;
- Romênia: 5 mortos e 1 reféns;
- Portugal: 4 mortos e 4 desaparecidos;
- China: 4 mortos e 2 desaparecidos;
- Filipinas: 4 mortos e 1 desaparecido;
- Áustria: 4 mortos e 1 desaparecido;
- Itália: 3 mortos;
- Belarus: 3 mortos e 1 desaparecido;
- Brasil: 3 mortos e 1 desaparecido;
- Peru: 3 mortos;
- África do Sul: 2 mortos;
- Paraguai: 2 desaparecidos;
- Tanzânia: 2 desaparecidos;
- Sri Lanka: 2 desaparecidos.
- Chile: 1 morto;
- Turquia: 1 morto;
- Espanha: 1 mortos;
- Colômbia: 1 mortos
- México: 1 desaparecido;
- Holanda: 1 sequestrado;
- Uruguai: 1 sequestrados
Outras nações também confirmaram a perda de seus cidadãos no conflito, embora não tenham divulgado números exatos. A Alemanha relatou menos de dez alemães mortos e um “pequeno número de dois dígitos” de reféns. Outros países, como Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça, também informaram a perda de um de seus cidadãos, e não há relatos de pessoas desaparecidas.
Apesar do crescente número de mortos, os bombardeios não cessam. Nas últimas horas, a aviação israelense atacou mais de 250 “alvos” do Hamas, incluindo “centros de comando operacional, túneis e lançadores de foguetes localizados no coração de áreas civis”, como afirmou um porta-voz das Forças Armadas de Israel. Os ataques atingiram a região de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Esses bombardeios foram acompanhados por uma incursão terrestre com tanques no norte do enclave, em preparação para as “próximas etapas do combate”.
A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com 1,4 milhão de pessoas, mais da metade de sua população, sendo deslocadas para o sul da Faixa após Israel ordenar a evacuação da metade norte por razões de segurança. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde do Hamas, que declarou o colapso total do sistema de saúde na quarta-feira, pelo menos 101 médicos perderam a vida, e 25 ambulâncias foram destruídas em Gaza desde o início da guerra. Além disso, 12 hospitais e 31 centros de atendimento primário estão fora de operação devido aos bombardeios e à falta de combustível.