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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Público atendido pelo PAIT representa 30% de idosos

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Dos assistidos pelo Programa de Assistência Intensiva ao Tabagista (PAIT), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), aproximadamente 30% possuem mais de 60 anos, tendo sido uma geração afetada pelo marketing realizado pela indústria do tabaco.

“O cigarro estava associado ao ideal de beleza, sucesso e liberdade. Na década de 50, profissionais da saúde, inclusive, eram utilizados para atrair e iludir mais consumidores. Essa geração pagou e paga um alto preço pela elevada prevalência do tabagismo”, informa o coordenador do programa, médico Carlos Costa.

Entre os exemplos de superação está o aposentado Antonio Honorato Vieira que, aos 86 anos, decidiu parar de fumar.

“Eu fumei desde moleque, com sete anos. Meu pai pitava para espantar os mosquitinhos que dava na roça. Eu fumava escondido. Tinha dias que era um atrás do outro. Mas resolvi parar e fui no grupo do posto de saúde e recebi ajuda. Eu também tive opinião e larguei. Quando sinto vontade, vou fazer alguma coisa: plantar, cuidar do terreno”, contou.

Entre as doenças que mais afetam os idosos fumantes estão: o enfisema, o infarto, o derrame cerebral e o câncer. “O tabagismo representa um fator de risco independente para mortalidade no idoso”, enfatiza o médico. “Mas é possível alterar essa realidade, promovendo a cessação dessa doença crônica. Nunca é tarde para parar e a literatura mostra os inúmeros benefícios, que vão desde a redução do risco de desenvolvimento de novas doenças, a interrupção da progressão das enfermidades já existentes, além da melhoria da autoestima e da expectativa e da qualidade de vida”.

Para a família do fumante, a libertação da dependência da nicotina também significa muito. “Eu fui com o Antonio em todas as reuniões, acompanhei tudo na UBS (Unidade Básica de Saúde) Guanabara e foi muito bom. Estamos muito felizes, porque o cigarro acabava prejudicando todo mundo em casa. É muito bom quando alcançam essa vitória”, relatou a esposa de Antonio, Almezinda Vieira.

Grupos
O PAIT de Jundiaí acontece por meio de grupos permanentes no Núcleo Integrado de Saúde – NIS – (avenida Carlos Salles Block, 74 – 4º andar), às terças-feiras, às 9h30, e quartas, às 14h, e no Complexo Argos (avenida Dr. Cavalcanti, 396, Vila Argos), todas as segundas-feiras, às 18h.

Durante o ano, também são realizados encontros nas Unidades Básicas de Saúde, Novas UBSs e Clínicas da Família. Os interessados podem procurar os serviços para informar o interesse em ingressar no programa e verificar as turmas. Para participar, basta levar o cartão de cadastro da UBS e o CPF.

Além do acompanhamento a partir das ações coletivas, os participantes recebem atendimento individualizado e, havendo a necessidade, é feita a dispensação de medicamentos pela equipe médica. O programa é reconhecido no Estado como modelo de controle à doença. Em 16 anos, aproximadamente 10 mil pessoas foram auxiliadas.

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