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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Após sofrer queimaduras em incêndio, dramaturgo Zé Celso morre, aos 86 anos

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O diretor e dramaturgo José Celso Martinez Côrrea, conhecido popularmente como Zé Celso, morreu na manhã desta quinta-feira (6), aos 86 anos. O diretor-teatral estava internado no Hospital das Clínicas de São Paulo desde a última terça-feira (4), quando sofreu queimaduras causadas por um incêndio que atingiu o apartamento em que morava, na região do Paraíso, zona sul de São Paulo. 

O artista teve o rosto, braços e pernas atingidos pelas chamas que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, começaram em um aquecedor elétrico. No hospital, Zé Celso passou por cirurgia, foi intubado e levado para a UTI em estado grave. 

Outros três moradores da casa, um deles o diretor Marcelo Drummond, marido do dramaturgo, também foram levados ao hospital, onde permaneceram em observação, após inalarem fumaça. 

O cachorro do casal, Nagô, também precisou receber atendimento. ‘Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo’. Nossa fênix acaba de partir pra morada do sol. Amor de muito. Amor sempre”, publicou o Teatro Oficina, fundado pelo dramaturgo, em rede social. Marcelo, que celebrou o casamento de décadas com Zé Celso há exatamente um mês, ainda não se manifestou.

A carreira

Zé Celso iniciou sua trajetória artística no fim da década de 1950, quando, ao lado de artistas fazia parte do Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e fundou o Teatro Oficina, grupo que segue em atividade até hoje, sendo um dos maiores e mais longevos do segmento.

Embora tenha entrado para o curso, Zé Celso nunca exerceu a profissão. Suas primeiras peças foram “Vento Forte para Papagaio Subir” (1958) e “A Incubadeira” (1959), ambas produzidas pelo Teatro Oficina. 

Em 1961, o grupo inaugurou a fase profissional, com uma casa de espetáculos alugada no Centro de São Paulo. Neste momento, Zé Celso começa a consolidar sua carreira como dramaturgo. 

O primeiro trabalho como diretor foi em “A Vida Impressa em Dólar”, que abriu a estadia do grupo na casa. A montagem fez com que ele ganhasse o prêmio de revelação de diretor pela Associação Paulista de Críticos de Teatro. Em 1962, Celso também conquistou todos os prêmios de direção após a encenação de “Pequenos Burgueses”.  

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