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Jundiaí
sexta-feira, 29 março, 2024

Números mostram a força da vocação logística de Jundiaí

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Jundiaí tem se destacado nos últimos anos como um grande polo logístico, não só pela infraestrutura e localização privilegiadas, mas também por ações do município voltadas ao segmento. Desde 2017, por exemplo, a cidade conta com o TIJU (Terminal Intermodal de Jundiaí), administrado pela empresa Contrail, que opera o transporte de cargas em contêineres, ligando o município ao porto de Santos pela malha ferroviária. Todo este diferencial tem atraído a atenção das empresas do setor e pode, num futuro próximo, culminar com um hub logístico que será referência para todo o Estado.

Em 2022, o TIJU alcançou a marca de 4 mil TEUs (sigla em inglês para definir contêineres de 20 pés) transportados por mês pela ferrovia. Em termos de sustentabilidade, a vantagem de utilizar este tipo de modal também é grande: a carga transportada por um trem equivale a 42 caminhões, o que proporciona uma redução de até 70% da emissão de CO2 comparado com o transporte rodoviário.

O número de empresas voltadas ao setor logístico é significativo no território jundiaiense. Segundo dados do Econodata, a cidade conta com 4.615 empresas ativas de logística e transporte. Destas, 3.469 são MEIs (Microempreendedores Individuais). Um ranking com as 50 maiores empresas do setor instaladas no município mostra que, por ano, são gerados faturamentos (presumidos) que vão de R$ 4,8 milhões (50ª colocada) a R$ 13,2 bilhões (primeira do ranking).

Há 17 anos no mercado, a Task Logistics percebeu esse potencial do município e aportou em Jundiaí há três anos com objetivo claro: alavancar ainda mais o trabalho executado na gestão logística para importações e exportações. “Estamos nos envolvendo com a história e tradições da cidade, buscando parcerias, grupos de negócios e até patrocinamos a última edição da Festa da Uva”, afirmou Evelisy Peres, sócia-proprietária.

Para auxiliar as empresas e aproximar o poder público das demandas geradas pelo setor, a Prefeitura de Jundiaí realiza desde 2017 o “Café com o Setor Produtivo”. De lá para cá já foram mais de 200 reuniões com executivos e funcionários, sempre com índices altos de resolução.

“Essa é a dinâmica para que as empresas, que geram empregos e renda, possam se sentir acolhidas pela Prefeitura. Temos muito orgulho dessa parceria com o setor privado, que contribui para o desenvolvimento econômico e social não só do município, mas de toda a região, do Estado e do país”, destacou o prefeito Luiz Fernando Machado.

Para manter a boa estrutura e aumentar a competitividade no que diz respeito à atração de novos investimentos, Jundiaí já planeja mais ações. Uma delas é em relação à mobilidade.

José Antonio Parimoschi, gestor de Governo e Finanças, lembrou da obra de prolongamento da avenida Antônio Frederico Ozanam, que será realizada em breve. “Isso vai facilitar o trânsito para quem precisa acessar a rodovia Anhanguera, por exemplo, além do escoamento da produção gerada aqui pelas empresas. E pensando na Jundiaí 2050, temos um potencial grande para um hub logístico que será referência para todo o Estado, atraindo novos investimentos para cá, mais empregos e renda”.

Outro destaque é que o município projeta para breve desenvolver operações de desembaraço aduaneiro, iniciando com um Redex (Recinto Especial para Desembaraço Aduaneiro de Exportação) e, futuramente, o EADI (Estação Aduaneira do Interior).

O Governo do Estado também demonstrou interesse em investimentos neste sentido. Na abertura da Brasil Log, a coordenadora técnica estadual de Logística e Transportes, Karin Anne Van de Bilt, falou sobre a iniciativa de elaborar um novo Plano Diretor, a partir de um termo de referência. A ideia é contratar um estudo que pesquise e aponte demandas, soluções e investimentos necessários do Estado. “A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística visa o desenvolvimento sustentável, incentivando a multimodalidade logística. Por isso, esse estudo é importante e estamos abertos a sugestões e considerações”.

Sustentabilidade, inclusive, que foi destacada por Cristiano Lopes, gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. “Nossa preocupação é com o desenvolvimento de Jundiaí, mas sem que ela perca sua qualidade de vida. Investir em outros modais de transporte que gerem menos gás carbônico, como a ferrovia, ajuda na mobilidade da cidade e também o meio ambiente”.

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