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quinta-feira, 28 março, 2024

Cães recém-nascidos precisam ficar com a mãe o tempo inteiro

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Docente do curso de Medicina Veterinária apresenta cuidados neonatais para cachorros

Os primeiros dias de vida de um filhote demandam atenção redobrada de tutores. De acordo com estudo feito pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, estima-se que a mortalidade neonatal canina aconteça entre 20 a 30% dos casos. Embora a chegada de cãezinhos ao lar mexa com as emoções de muitas pessoas, esse é o momento de maior vulnerabilidade do animal, que precisa ser acompanhado o tempo todo.

Como explica a docente do curso de Medicina Veterinária, Vanessa Lowe, ao nascer, os cachorros não têm a habilidade corporal completa para se manterem aquecidos, além de precisarem comer constantemente (em média, a cada 3 ou 4 horas). “O local onde os bebês ficam deve ser forrado com lençóis e mantas, para preservar o calor, e a presença da mãe irá garantir a alimentação das primeiras semanas”, afirma.

Nessa fase, o filhote não possui dentes para triturar a comida e o leite materno é o único alimento necessário, por possuir todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável. Interromper o processo de amamentação pode causar danos ao desenvolvimento do sistema imunológico do animal e tem efeitos negativos no bem-estar emocional. O desmame completo costuma acontecer após 60 dias e a suplementação antes desse período só deve acontecer sob supervisão de um profissional especializado.

Os recém-nascidos ainda não enxergam ou escutam completamente. Os olhos e as orelhas começam a abrir a partir dos 12 ou 14 dias e a visão e audição continuam a se desenvolver nas semanas seguintes. Os tutores devem estar atentos para evitar possíveis acidentes nesse intervalo – embora ainda não tenham força para sustentar o corpo, os filhotes podem engatinhar para fora do ninho em busca da mãe ou para exercitar a musculatura.

Os bebês precisam de estímulo para conseguirem fazer suas necessidades fisiológicas, isso acontece por meio de lambidas na área anal e genital realizadas pela mãe, que também se responsabiliza pela higienização de seus filhos. Em caso de órfãos, esse processo pode ser realizado com um pano umedecido ou com uma bola de algodão molhada com água morna.

Na maior parte do tempo, os filhotes apenas dormem e se alimentam. Após o período de desenvolvimento físico, os cãezinhos começam a socializar entre si e com outros animais da casa. A interação com humanos é importante nesse momento. Crianças devem ser supervisionadas ao brincar com os cachorros e orientadas a fazer toques gentis e cuidadosos.

“Além de todo o cuidado ambiental e de socialização do filhote, é de extrema relevância salientar a importância da vacinação do novo membro da família”, afirma a professora da Anhanguera. “O protocolo deve ser orientado pelo médico veterinário, que iniciará no tempo adequado e com as doses necessárias para proteção da saúde desse animal. Essas orientações deverão ser passadas durante a consulta pediátrica, assim como: alimentação adequada, controle de pulgas e carrapatos, banhos, adaptação da nova casa, exames de rotina e produtos específicos para filhotes”, completa Lowe.

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