A maior zebra do ano veio da rede Internations. De acordo com a comunidade online que conecta 4,7 milhões de pessoas que vivem fora de seu país de origem ao redor do mundo, a Nova Zelândia é o segundo pior país do mundo para um estrangeiro morar. A pesquisa entrevistou 12 mil expatriados de 177 nacionalidades que vivem em 181 países e territórios.
Somente o Kuwait, pequeno país no Oriente Médio que teve parte de sua infraestrutura destruída durante a invasão e anexação pelo Iraque em 1990, teve uma performance pior que o representante da Oceania. O motivo desta alta rejeição? Seu alto custo de vida.
A justificativa está no fato de que em território neozelandês, o expatriado encontra mais dificuldade com suas finanças pessoais do que em qualquer outro lugar do mundo, revelou a InterNations. Cerca de 30% dos estrangeiros que moram no país enxergam sua situação econômica negativamente — este número é de, em média, 21% ao redor do globo.
Do total, 32% ainda sentem que não são pagos de maneira justa pelo trabalho (20% acreditam o mesmo internacionalmente) e 15% não veem propósito no que fazem, contra 9% no resto do mundo. Outros 26% se queixam dos horários de trabalho (17% fazem o mesmo em outros países).
Outra queixa: as más performances no índice de qualidade de vida graças a altos custos de transporte e poucas opções de atividades culturais e vida noturna. No entanto, 95% dos estrangeiros de lá elogiaram, acima da média (83%), a beleza natural do país e as oportunidades para esportes recreativos. No total, 60% dos expatriados estão felizes na Nova Zelândia.
Brasil surpreende
Na outra ponta e, superando todas as expectativas, está o Brasil, considerado o 16º melhor país para um estrangeiro viver, segundo a Expat Insider 2022, o ranking elaborado a partir da pesquisa.
Entre os critérios que foram analisados para chegar a estas avaliações estavam — como no caso da Nova Zelândia — qualidade de vida, facilidade para se estabelecer, oportunidades de trabalho, custos de vida e condições gerais oferecidas ao expatriado, como moradia, burocracia e dificuldade com o idioma.
O Brasil se destaca como o 10º com melhores opções de lazer, o 4º melhor em facilidade para se estabelecer — índice que leva em conta o fato de que somos o 3º em cultura, o 5º em receptividade e novamente em 4º, em facilidade de fazer amigos.
Bem a frente do Brasil, o mais receptivo dos destinos é o México. O país é o mais fácil do mundo para se estabelecer e o segundo em finanças pessoais de seus expatriados. Ele também ocupa o topo do pódio em facilidade de fazer amigos, além de cultura e boas-vindas. 99% dos estrangeiros que vivem lá dizem que os locais são amigáveis (contra 66% no resto do mundo).
O México fica em 11º nas condições gerais oferecidas aos expatriados porque, enquanto 64% deles acham fácil conseguir um visto para viver lá (este número é de 56% em média em outros países), mais da metade 53% têm problemas com a burocracia local — a média de dificuldades com este tipo de problema é de 39% globalmente. Outros pontos fortes destacados pelos entrevistados foram a gastronomia variada dos mexicanos e as belezas naturais. No entanto, a qualidade do ar está abaixo da média mundial. No total, 91% dos estrangeiros que moram no país estão felizes com sua vida por lá.
Os melhores
Entre os melhores e os piores:
-10 piores países para estrangeiros no mundo:
1º Kuwait
2º Nova Zelândia
3º Hong Kong
4º Chipre
5º Luxemburgo
6º Japão
7º África do Sul
8º Turquia
9º Itália
10º malta
-10 melhores países para estrangeiros no mundo:
1º México
2º Indonésia
3º taiwan
4º Portugal
5º Espanha
6º Emirados Árabes Unidos
7º Vietnã
8º Tailândia
9º Austrália
10º Singapura
(Fonte: UOL)