A dívida do Corinthians custa uma fortuna só pela manutenção.
Serão R$ 108 milhões de juros e multas em 2023, segundo prevê o orçamento aprovado pelos conselheiros na semana passada.
O valor é quase 15% do total das despesas previstas pelo Corinthians no ano (R$ 726,3 milhões). Isso quer dizer que, de cada milhão investido em jogadores ou estrutura, o clube precisa gastar 150 mil com juros e multas da dívida.
Também equivale ao previsto de bilheteria, pois o Corinthians espera R$ 109,4 milhões com arrecadação de jogos em 2023. É como se todo ingresso comprado por corintianos no ano fosse direto para pagar juros.
Juros e multas custam mais do que a Arena, afinal a parcela anual que o Corinthians precisa pagar à Caixa pelo estádio é de R$ 70 milhões. O clube calcula que os naming rights da Neo Química e metade da arrecadação com ingressos bastarão para quitar o refinanciamento.
A dívida informada é de R$ 945,5 milhões, e o clube está satisfeito com o aumento de 3,6% neste ano. O valor está no mesmo patamar de dezembro de 2020, enquanto a receita líquida vem subindo: foi de R$ 475 milhões em 2021, deve ser R$ 690 milhões neste ano e está orçada em R$ 746 milhões em 2023.
Todos estes números estão no orçamento de 2023, aprovado pelos conselheiros do Corinthians na semana passada. Os valores referentes a 2022 são uma projeção atualizada feita pelo próprio clube, pois o balanço completo só deve ser publicado em abril, como é praxe.
Fonte: UOL