Fonte: Canaltech
Nesta terça-feira (13), a Forbes anunciou que Elon Musk perdeu o posto de homem mais rico do mundo após a Tesla, uma das empresas em que é CEO, apresentar uma queda acentuada no valor de suas ações. O francês Bernard Arnault, presidente-executivo do grupo de artigos de luxo LVMH, ficou com o 1º lugar — tanto para a lista da Forbes, quanto para a da Bloomberg.
Na última semana, o dono da Tesla perdeu o posto temporariamente, que foi ocupado por Arnault e sua família. O grupo liderado pelo francês é responsável por cerca de 70 marcas de roupas, cosméticos, vinhos e outros artigos de luxo, incluindo Louis Vuitton, Marc Jacobs, Sephora e Chandon.
Segundo a Forbes, o patrimônio do executivo francês alcançou um montante de US$ 188 bilhões (R$ 997 bilhões) na última terça. Já Musk viu sua riqueza cair para US$ 178 bilhões (R$ 944 bilhões), visto que as ações da Tesla registram queda de quase 56% desde que anunciou a compra do Twitter pelo valor de US$ 44 bilhões (R$ 229,1 bilhões). O bilionário é o executivo-chefe e maior acionista da fabricante de veículos elétricos, com cerca de 14% da empresa.
Queda das ações da Tesla e preocupações dos acionistas
Uma das principais queixas por parte dos acionistas é de que Musk estaria muito focado no Twitter, além de suas polêmicas terem assustado os investidores. Segundo especialistas, os últimos incidentes envolvendo a plataforma de miniblog teriam sido um dos principais motivos para a queda do preço das ações da Tesla.
Segundo Dan Ives, da empresa de investimentos Wedbush Securities, Musk passou de “um super-herói para ações da Tesla, para um vilão aos olhos do mercado financeiro, à medida que os excessos se acumularam a cada tuíte”. “O circo do Twitter prejudicou as marcas de Musk, o que é um grande prejuízo para as ações da Tesla. Musk é a Tesla e a Tesla é Musk”, conclui.
Para financiar o Twitter, o bilionário também vendeu bilhões de dólares em papéis da Tesla, o que incentivou a derrubada de ações. Para completar, a empresa automobilística foi atingida por recalls, devido a uma investigação criminal sobre o piloto automático. Por fim, os investidores temem que a demanda da empresa possa diminuir, devido à crise econômica global, os altos juros dos empréstimos e o crescimento na concorrência de veículos elétricos.