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sábado, 23 novembro, 2024

Especialistas alertam para truques que golpistas usam durante a Black Friday

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Preços atrativos, consumidores de olho nas ofertas e a primeira parcela do 13º salário injetado na economia. Um cenário perfeito para consagrar a Black Friday, como uma das datas mais importantes do comércio varejista, mas também uma das mais visadas por golpistas e estelionatários.  

Especialistas em segurança cibernética e órgãos de proteção ao consumidor afirmam que a técnica mais utilizada pelos criminosos é a da engenharia social — uma espécie manipulação da vítima para descobrir seus dados pessoais.

De acordo com uma pesquisa realizada no fim de outubro pela LexisNexis Risk Solutions houve um crescimento de 37% nesse tipo de crime nas operações online.

“A estratégia é sempre a da engenharia social. O que muda é a forma como ela chega até as pessoas”, detalha o diretor de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina Fabio Assolini.

É através de email, redes sociais ou apps de mensagens instantâneas que os criminosos compram palavras-chaves para aparecer nos motores de busca e post patrocinados no Instagram. “Já tivemos casos em que compraram até anúncio em TV”, completa Assolini.

Para você não se tornar mais uma vítima da eficiência da engenharia social. Segue alguns segredos por trás desses truques:

1- Senso de Urgência

Essa técnica se beneficia da ansiedade das pessoas e do impulso pela compra. Os recursos mais usados são: 

-Relógio ou cronômetro na tela mostrando que o tempo da promoção vai acabar 

-Expressões como “Últimos produtos estoque”, “É agora ou nunca” 

-Páginas ou recursos que não dão espaço para o cliente pesquisar 

“São estratégias que fisgam, especialmente, aquelas pessoas que já estão dispostas a fazer uma compra e estão com o dinheiro em mãos”, afirma o diretor de fraude e risco da América Latina da Pomelo, Gilmar Magi.

A saída é usar o bom senso e confirmar a idoneidade da empresa que está oferecendo o desconto.

2- Preços estranhamente baixos

Os chamados “descontos agressivos” são outra técnica que apelam para o emocional do consumidor. Quem não ficaria tentado a comprar um produto por um preço baixíssimo, mesmo quando você nem estava precisando daquilo?

Lojas sérias também utilizam deste recurso para vender produtos a um preço muito baixo sem ter estoque. Se a oferta destoar muito da realidade, desconfie.

3- Condições de pagamento limitadas

Se um varejo digital exigir que o pagamento seja feito apenas via Pix, transferência ou boleto bancário (ou atrelar o desconto a essas condições), a chance de se tratar de um crime virtual é grande.

As transações feitas via cartão de crédito podem ser canceladas assim que o cliente perceber um golpe. Mas pagamentos via pix, boleto ou transferência dificilmente poderão ser desfeitos. “Por isso, os crimes no varejo virtual preferem utilizar essas formas de pagamento”, alerta Rodrigo Martins, CEO da Voxus, empresa de mídia programática para pequenos e médios negócios.

Mesmo assim, pagamentos com cartão você não está seguro. Criminosos podem simular sites ou atendimentos virtuais para conseguir os dados do cartão e vendê-los para terceiros.

4- Transação fora da plataforma segura

Esta é para quem faz negócios pelo marketplaces e geralmente se mistura com outras técnicas de golpe. Geralmente, o criminoso oferece um produto muito barato, mas quer concluir a compra fora do ambiente seguro.

Entre as vantagens oferecidas para convencer o consumidor a fazer negócio, está um desconto ainda maior se a compra for feita fora do marktplace, onde não há cobrança de taxas. Assim, conseguem trazer o consumidor para outro espaço, onde é mais fácil coletar dados pessoais.

5- Anúncios e sites falsos

Quando o assunto são os golpes, vale tudo para os criminosos. Você pode receber links falsos através de:

-mensagens SMS ou nos apps de comunicação instantânea (WhatsApp, Telegram) 

-se deparar com posts patrocinados falsos ou perfis fakes nas redes sociais 

-sites falsos nos motores de busca, imitando páginas de grandes varejistas 

-anúncios falsos encaminhados por email

Nem todo mundo percebe a diferença e acaba realizando algum tipo de cadastro em uma página adulterada ou clonada. Esses dados são então roubadas e utilizados, posteriormente, em transações verdadeiras. Os criminosos podem inclusive acessar as redes sociais e emails das vítimas.

Muitos sites fakes imitam os idôneos, apenas alterando uma letra, quase que de forma imperceptível. E muitos possuem até cadeado e https, porque isso não é mais indicativo de que o ambiente virtual é seguro. Eles apenas atestam que o conteúdo inserido será criptografado. Tem site fake até com CNPJ, porque os criminosos abrem empresas meses antes da Black Friday”, alerta Fabio Assolini.

Fonte: UOL

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