Fonte: Canaltech
Em artigo publicado na revista Cell Reports Medicine, pesquisadores descreveram a descoberta de um potencial do Viagra, medicamento utilizado para impotência sexual: o auxílio no tratamento do câncer de esôfago. O estudo descobriu que os inibidores da PDE5, usados no medicamento, podem ajudar a romper uma barreira de células que ficam ao redor dos tumores.
O câncer de esôfago afeta o tubo alimentar que conecta a boca ao estômago e, embora seja um câncer relativamente raro, o Reino Unido (onde foi feito o estudo) tem uma das taxas mais altas do mundo, com 9.300 novos casos de câncer de esôfago todos os anos.
Atualmente, a doença tem resultados e opções de tratamento muito piores em comparação com outros tipos de câncer. Parte da razão para isso é que, em muitos casos, pode ser resistente à quimioterapia. Essa resistência é influenciada pelo microambiente tumoral, a área que ronda o tumor.
Ele é composto de moléculas, vasos sanguíneos e células, como fibroblastos associados ao câncer , que são importantes para o crescimento do tumor. Segundo a pesquisa, a combinação de inibidores de PDE5 com quimioterapia tem potencial para reduzir alguns tumores esofágicos mais do que a quimioterapia sozinha.
Os pesquisadores testaram o tratamento em camundongos implantados com tumores esofágicos resistentes à quimioterapia e descobriram que não houve efeitos colaterais adversos ao tratamento. Nos testes, a quimioterapia combinada com PDE5i reduziu os tumores mais do que a quimioterapia sozinha.
Um benefício adicional do uso de inibidores de PDE5 é que eles já provaram ser uma classe de medicamento segura e bem tolerada, administrada a pacientes em todo o mundo. Os pesquisadores ressaltam que dar esses inibidores de PDE5 a pessoas com câncer de esôfago não causaria ereções sem a estimulação apropriada presente no Viagra.
