Um par de chinelos Havaianas, que no site original da marca custa R$ 47,99, em uma loja online de moda de luxo é cobrado a bagatela de R$ 531, uma discrepância que deu o que falar nas redes sociais.
No Twitter, usuários rapidamente começaram uma discussão sobre o assunto, já que o modelo da cor branca com a bandeira do Brasil é comum e costuma ser encontrado até por valores mais baixos em outras lojas. Com o frete incluído, o par chega a custar R$ 630 no site de luxo.
Inclusive, há modelos, que custam R$ 2.312 no site, como o “Mastermind Japan”, conforme apurado.
Usuários chamaram de “absurdo”e disseram que “nada justifica” a cobrança de mais de R$ 500 no modelo considerado tradicional dos chinelos.
Uma internauta tentou explicar o motivo por trás do preço com uma teoria. Segundo ela, na descrição do produto é informado que ele é enviado por uma outra loja, que possui sede em Dubai, e que utilizaria o site apenas como market place para vender seus produtos.
O que poderia ser uma justificativa foi logo desmentida pelas Havaianas que entraram automaticamente no site com o preço pelo qual elas são vendidas no exterior, com o custo de importação embutido, segundo a usuária do Twitter.
A Farfetch foi procurada pelo Terra para comentar sobre o caso, e respondeu que a origem da venda seria nos Emirados Árabes Unidos, o que implica nas taxas de logística e importação. A loja reforçou que solicitou o bloqueio de peças da marca com origem internacional. Confira a nota na íntegra:
“A FARFETCH é uma empresa global líder em seu segmento, cujo modelo de negócio conecta o estoque das mais de 3 mil marcas de luxo de todo o mundo ao seu marketplace. Nesse sentido, as boutiques possuem total liberdade na definição e aplicação de preço dos produtos que disponibilizam na plataforma. Vale salientar, ainda, que a peça em questão tem origem de envio nos Emirados Árabes Unidos, país localizado no Oriente Médio, o que implica diretamente nas taxas de logística e importação somadas ao preço final do artigo na moeda brasileira. A fim de reforçar seu compromisso com uma experiência única de compra, a FARFETCH solicitou o bloqueio de peças da marca com origem internacional de seu marketplace no Brasil, evitando, portanto, a aplicação de taxas internacionais a uma etiqueta com alta oferta local. A companhia ressalta sua missão de ser uma plataforma que gera conexões e oferta a melhor curadoria do mercado de luxo para sua comunidade de criadores, curadores e consumidores.”
Fonte: Terra
