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sábado, 20 abril, 2024

Pedidos de demissão batem recorde, aponta estudo

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Uma pesquisa da LCA Consultores aponta que os pedidos de demissão feitos pelos trabalhadores bateram recorde em agosto deste ano. O levantamento mostra que 632.798 brasileiros pediram demissão voluntariamente em agosto deste ano —número recorde desde o início da série histórica, em 2004. Antes, o recorde era de 603.136 pedidos de demissão em março deste ano.

A estudante Talyta Leite Felício, 27, trabalhava como verificadora de qualidade na Jeep, marca do grupo Stellantis. Quando descobriu a gravidez no meio do ano passado, traçou um plano para retornar ao trabalho depois da licença-maternidade. No entanto, diz que tudo mudou quando sua filha nasceu e ela decidiu dar novos rumos à vida profissional. 

“Meu sonho não era mais tão importante quanto ela. Comecei a colocar em xeque o tempo em que eu ficaria longe dela e quem ficaria com ela no dia a dia. Preferi abrir mão do trabalho para poder ficar com a Aurora”, afirma Felício.

Sem arrependimento

A questão financeira foi motivo de angústia para ela em alguns momentos, mesmo depois de estar decidida a pedir demissão. A queda na renda e os gastos a mais com a bebê a assustaram, mas diz que ficou mais tranquila depois de o marido ter trocado de emprego e conseguido um salário maior.

Felício pediu demissão em setembro e diz que foi a melhor decisão que poderia ter tomado. 

“Está sendo maravilhoso [ficar com ela]. Eu não tenho como explicar. Quanto mais tempo passo com ela, percebo que foi a melhor escolha”.

A mudança

Talyta Felício está no nono semestre de fisioterapia. A expectativa é que se forme no meio do ano que vem e que volte ao mercado de trabalho quando a filha tiver entre um e dois anos. A diferença é que pretende trabalhar como fisioterapeuta. 

Hoje é formada em técnica de química e não atuava em sua área de formação.

Novo emprego

A analista financeira Patrícia Santos, 34, pediu demissão do emprego em que estava havia dois anos e oito meses para buscar novas oportunidades no mercado. Santos trabalhava na área financeira da LDS Group, empresa de locação de veículos de luxo. 

Sua rotina profissional se tornou insustentável e, por isso, preferiu encarar o desemprego para buscar uma nova vaga que fizesse mais sentido para ela. 

O pedido de demissão foi motivado por se sentir estagnada e não ver mais oportunidade de crescimento dentro da empresa.

“Enquanto estava trabalhando, eu não conseguia procurar novas vagas e eu sempre acabava comparando-as com o emprego em que estava. Isso dava um comodismo. Eu preciso de um lugar novo, que ofereça um plano de carreira. A ideia é entrar em algum emprego que me dê desenvolvimento e que faça sentido também, não seja só pelo dinheiro”, afirma Santos.

Santos afirma que já pensava em trocar de trabalho há alguns meses, mas queria ter um outro lugar já acertado. Há cerca de três meses, começou a pensar em pedir demissão independentemente de ter outra proposta. A decisão não foi fácil, segundo Santos. 

Eu me julgava muito. Você olha para o mercado e vê pessoas sendo demitidas. Ficava me questionando: eu tenho um emprego e vou sair? Foi um processo desafiador até eu entender que estava tudo bem.

Planejamento Financeiro

Para tomar a decisão, Santos começou a guardar dinheiro todos os meses. Hoje tem uma reserva suficiente para se manter até o final do ano. (Fonte: UOL)

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