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sábado, 23 novembro, 2024

Estado de beligerância

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Há algum tempo – e nem tanto tempo – havia paz entre as pessoas. Torcedores de futebol de times diferentes até discutiam assuntos referentes a um jogo, mas não brigavam. Frequentavam os estádios juntos, sem precisar haver divisão de torcidas. Ou torcida única, como atualmente. Policiais se ocupavam com bebedeiras de cornos inconformados ou alguém alegre demais. Homicídios eram raros e furtos mais ainda. Batidas de carros, quando aconteciam, eram chamadas de “desastres”.

Mas o tempo passou e tudo mudou. Para pior. Hoje, qualquer evento requer, em primeiro lugar, segurança. Policiais para garantir a ordem e impedir a selvageria. Seja um show de música, uma partida de futebol ou uma inocente marcha evangélica. A primeira coisa que quem organiza evento pede é a segurança.

Torcidas de futebol são divididas, isoladas, e mesmo assim brigam. Brigam não, se matam. E para garantir a ordem muitos dos jogos têm torcida única. Não adianta – torcedores do mesmo time brigam entre si. Antes, carros prezavam pela elegância. Hoje, pela blindagem. Drogas nem existiam. Hoje abundam. Ocupação extra para a Polícia era no máximo um joguinho de bicho.

As pessoas estão brigando e se matando por qualquer motivo. Casais matam por ciúme. Basta desconfiar do chifre. Ou uma separação. Basta ver os noticiários do mundo cão exibidos em fartura pela televisão. Tem de tudo. O sujeito que mata a mulher porque não aceita a separação. A mulher que encomenda a morte do marido para ficar com o amante. Tudo tão banal…

São as novas gerações demonstrando tudo o que aprenderam nas sucateadas escolas, nos frangalhos de famílias mal formadas e nos maus exemplos, sempre louvados por parte da mídia. Como já afirmei, antes tudo era mais calmo. E sabe como se comprava uma arma de fogo? Bastava ter dinheiro. Nem documento se apresentava. Os arredores da Estação da Luz, na Capital, eram o centro de lojas com venda de armas de fogo.

Mesmo assim, ninguém matava, ninguém morria. E agora? Será que isso foi a evolução? Será que isso foi o progresso? Difícil de entender.

Anselmo Brombal – Jornalista

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