A Polícia Militar e o Metrô de São Paulo informaram na última semana que estão prestes a firmar uma parceria para empregar policiais militares no reforço da segurança nas estações e no seu entorno. “Ontem (segunda-feira) foi a última reunião para finalizar o convênio, que contempla 180 policiais militares”, disse ao Estadão o secretário executivo da Polícia Militar, coronel Alvaro Camilo.
O convênio, afirmou ele, deve ser assinado nos próximos dias. “Os policiais vão trabalhar fardados, armados, com rádio, apoiando a segurança do Metrô e isso deve levar, de uma maneira geral, segurança para a população e evitar casos como esses que têm acontecido”, disse.
A atuação dos agentes nas estações acontecerá por meio da Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem), mecanismo que permite a contratação do serviço dos agentes fora do horário de trabalho. A parceria será nos moldes do que já é feito desde o fim de 2019 na CPTM.
Paralelamente, as Estações Pedro II, da Linha 3-Vermelha, e Saúde, da Linha 1-Azul, agora contam com torres de detecção de metal em frente às catracas. Trata-se de um projeto piloto, iniciado no dia 9. Segundo o Metrô, o objetivo é reforçar a segurança nas linhas operadas pela companhia. A medida, continuou, permite ainda a “análise da funcionalidade e elaboração de novas estratégias de atuação”.
Várias queixas
Nas redes sociais, usuários do Metrô relatam aumento da sensação de insegurança, sobretudo em estações como a Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste. A reportagem esteve no local nesta segunda-feira e ouviu passageiros e comerciantes. “O pior aqui é nas escadas e rampas de saída. Vez ou outra, escuto uns gritos vindos lá de baixo”, conta a comerciante Gisele Freitas, de 29 anos, que trabalha em um estande próximo a uma das saídas há seis meses.
Estudante de Psicologia, Larissa Silva, de 19 anos, acredita que a percepção de segurança tem piorado. “Eu me sinto mais insegura principalmente na Sé. Aqui, tenho que vir todos os dias para fazer estágio”, conta ela, que é moradora do Tucuruvi, na zona norte.
Diante do cenário, diferentes medidas de segurança são adotadas pelos usuários. Estudante do curso técnico de vestuário, Damares dos Santos, de 21 anos, anda de metrô somente com pochete há pelo três anos. “Para mim, sempre foi um pouco inseguro.” (O Estado de SP)