Fonte: G1
Um ultraleve caiu sobre uma casa em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta segunda-feira (15). As duas pessoas que estavam a bordo, incluindo o piloto, ficaram feridas.
A aeronave com prefixo PU-SPX caiu em uma área gramada perto da piscina da casa, após bater e destruir parte do telhado, como mostram imagens aéreas feitas pelo Globocop. O ultraleve parou de cabeça para baixo.
Não há informações sobre a causa do acidente.
Um vídeo mostra um homem deitado no chão, consciente, com ferimentos na cabeça, sendo socorrido. Ele foi identificado como o piloto Milton Augusto Loureiro Junior, de 77, que é o dono da aeronave. O outro tripulante era Mauro Eduardo de Souza e Silva, de 55 Anos.
Bombeiros do quartel da Barra levaram os feridos para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Segundo a corporação, um dos socorridos teve ferimentos leves e o outro está em estado intermediário. A casa fica na Rua Josué de Castro, dentro do condomínio Santa Mônica Residências.
Comissão da Câmara tinha manifestado preocupação em setembro
A Comissão de Proteção e Defesa Civil (CPDC) da Câmara Municipal do Rio afirmou após o acidente que vai solicitar uma reunião com representantes do Ministério Público Federal (MPF).
“É lamentável e triste que aeronaves continuem voando sobre condomínios densamente povoados na Barra da Tijuca. Já tínhamos denunciado ao Ministério Público, em setembro do ano passado, o aumento no número de voos de helicópteros sobre condomínios, em flagrante desvio de rota, e voando muito baixo. Esse acidente de hoje é um desastre anunciado e poderia ter tido dimensões muito maiores, com vítimas em terra, caso o ultraleve tivesse caído dentro da casa de algum morador – afirmou o vereador Dr. Carlos Eduardo, que preside a comissão.
No ofício, enviado pela Comissão de Proteção e Defesa Civil ao MP em setembro de 2021 – que também foi endereçado à Infraero, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ao presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado, e a outras comissões da Casa, – a CPDC pedia:
1) abertura de inquérito para investigar as denúncias de moradores da Barra;
2) a imediata suspensão do voo de aeronaves sobre os condomínios;
3) a imediata suspensão de voos em alturas não permitidas;
4) a devida penalização dos gestores responsáveis pelas infrações que colocam a vida de civis em risco, face ao grande potencial de acidentes com perdas de vidas de inocentes.