A proibição da entrada de caminhoneiros em qualquer ponto da Esplanada dos Ministérios faz parte do esquema planejado para este feriado de Sete de Setembro. No ano passado, os caminhoneiros acamparam e fizeram manifestações no local, sendo banidos apenas quando chegaram próximos à Praça dos Três Poderes.
Este ano, porém, a equipe de segurança que organiza o evento considerou perigosa a presença dos caminhoneiros nas proximidades do STF (Supremo Tribunal Federal), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. O temor é que o grupo possa causar algum dano aos prédios públicos, ou ameaçar a segurança das autoridades.
Enquanto isso, líderes de caminhoneiros anunciaram que não pretendem aderir a atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Sete de Setembro. Para eles, o auxílio concedido pelo governo à categoria a partir de agosto não fez muita diferença no bolso. Porém, a equipe de segurança está preocupada com eventual mudança de ideia.
A segurança da Esplanada para o feriado está sendo programada por policiais do STF, do Congresso e da Polícia Militar do Distrito Federal. A Tropa de Choque será acionada desde o início do dia, ao contrário do ano passado, quando ela entrou em campo com as manifestações já em curso.
Somente para garantir a segurança na Esplanada será necessário um número de seguranças maior do que no ano passado, incluindo reforço de policiais ligados
a outras Cortes de Brasília, além do STF: o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o TST (Tribunal Superior do Trabalho). Além da Esplanada, o entorno da avenida também será protegido.
Integrantes do grupo que planeja a segurança avaliam que as manifestações deste ano em Brasília serão mais tranquilas em relação ao ano passado. A equipe está organizando o esquema de segurança desde o início do ano, para evitar que eventuais conflitos deixem o período eleitoral ainda mais conturbado.
A interlocutores, Bolsonaro tem afirmado que não vai atacar o Judiciário nos discursos deste ano. Ele tem se comprometido a adotar um tom mais ameno, para não inflamar os manifestantes. No STF, poucos acreditam nessa promessa. (UOL)