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domingo, 8 dezembro, 2024

Chupeta com biossensores pode detectar diabetes em crianças

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Fonte: Canaltech

Desenvolvida por pesquisadores dos Estados Unidos, um novo modelo de chupeta pode mudar a forma como é feito o diagnóstico e o tratamento do diabetes em bebês e crianças. O item, muito usado na infância, foi adaptado, ganhou biossensores que medem a quantidade de glicose na saliva e transmite as informações captadas, em tempo real, para um telefone.

Publicado na revista científica Analytical Chemistry, o estudo sobre a chupeta que mede a glicose foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA. O produto está em fase testes, mas, se tudo correr conforme o esperado, um dia pode ser comercializado para o uso doméstico.

Como funciona a chupeta com biossensores?

Para medir a glicose na criança, os pesquisadores desenharam uma chupeta com um bico, que continha um canal estreito e aberto. Este foi projetado para que, ao chupar o bico, pequenas quantidades de saliva sejam transferidas para uma diminuta câmara de detecção. “Os movimentos da boca do bebê na chupeta resultam em bombeamento eficiente de saliva e promovem um fluxo unidirecional da boca para a câmara eletroquímica”, detalham os autores.

Na segunda etapa, já na câmara, uma enzima — que está ligada a uma tira de eletrodo — consegue converter a glicose no fluido em um sinal elétrico fraco. Por sua vez, este sinal pode ser detectado por um telefone celular, sem o uso de nenhum fio. A quantidade exata da concentração da glicose é medida pela força da corrente emitida.

Fase de testes do invento para o diabetes

Por enquanto, os cientistas ainda não testaram o invento em bebês, mas os experimentos foram promissores em adultos com diabetes tipo 1. A partir do uso da chupeta, foi possível detectar alterações nas concentrações de glicose na saliva antes e após uma refeição.

“Esta demonstração inicial de monitoramento de glicose apresenta novas possibilidades para monitoramento de metabólitos em bebês e neonatos usando saliva como amostra não invasiva”, afirmam os autores.

Vale explicar que, hoje, o monitoramento contínuo da glicose em recém-nascidos está disponível apenas em grandes hospitais e, na maioria dos casos, é invasivo. Agora, esta nova proposta pode ser uma alternativa para o controle da doença no futuro.

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