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quinta-feira, 25 abril, 2024

Ê-Ê-Ê-Eymaeeelll….

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Por acaso descobri que José Maria Eymael é candidato à Presidência da República. Foi lendo uma pesquisa que vi essa figuraça mostrada com 1% das intenções de voto, junto com Janones e Simone Tebet. Mais um motivo para não acreditar nas pesquisas. Simone está anos-luz à frente de Eymael. O que se sabe sobre Eymael até hoje é que ele é um democrata cristão. E mais nada. E um candidato que usa um jingle-chiclete, aquele que depois de ouvido não sai mais da cabeça.

É a sexta vez que Eymael vai disputar a Presidência. Seu melhor desempenho foi em 1998, quando conseguiu 0,25% dos votos. O pior foi na eleição passada, 2018: 0,04%. Com um desempenho tão pífio, beirando o ridículo, por que Eymael insiste? Há duas hipóteses – uma pelo seu idealismo (?) outra pelo rico fundo partidário e o milionário fundo eleitoral. Eymael, é bom lembrar, é praticamente dono do partido, a Democracia Cristã, e seu presidente nacional.

O Fundo Eleitoral destinou neste ano R$ 3.100.949,86 para o partido de Eymael. E mais outra fortuna do Fundo Partidário. Toda essa dinheirama será administrada pelo presidente nacional do partido, que tem pouquíssimos candidatos a deputado, tanto federal quanto estadual.

Quando começar a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, Eymael voltará com sua velha musiquinha, talvez algumas imagens do próprio e vai fazer de conta que está em campanha. Periga até negociar apoio a algum candidato. Se bem que apoio do Eymael numa eleição é igual lâmpada de geladeira – clareia, mas não esquenta. É só pra dizer que tem apoio.

E a pesquisa? Bem, a pesquisa é do PoderData e coloca Ciro Gomes (PDT) com 6% dos votos. André Janones (Avante) marcou 2%. Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União Brasil) e José Maria Eymael (DC) tiveram 1% cada. E apareceram outros candidatos mais desconhecidos: D´Avila (Novo), Manzano (PCB), Marçal (Pros), Péricles (UP) e Vera (PSTU). Certamente Eymael não está preocupado com isso.

E tem como fraudar uma pesquisa? Tem, e é fácil demais. Para ser válida, o instituto deve comunicar ao TSE que vai fazer a pesquisa e que vai entrevistar, digamos, 2.000 pessoas, observando os percentuais de faixa etária, sexo, nível econômico etc. do IBGE. Pronto. A pesquisa está registrada. E aí, em vez de entrevistar as duas mil pessoas previstas, entrevista cinco mil. Depois é só descartar o que não interessa.

Eymael também não está preocupado com isso. E você vai ouvir logo logo sua musiquinha. E nesse ano, o jeito é torcer para aparecer alguém mais folclórico que o cabo Daciolo. Aposta em Eymael?

Anselmo Brombal – Jornalista

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