19.4 C
Jundiaí
sexta-feira, 29 março, 2024

Com “capetinha”, ladrões de carro fazem a festa com aparelhos restrito a presídios

spot_img

Um aparelho de uso restrito a presídios com a função de bloquer o sinal de celulares eventualmente na posse de detentos e que pode ser facilmente encontrado em sites de comércio eletrônico a partir de pouco mais de R$ 100, o capetinha ou jammer tem sido utilizado para roubo ou furto de veículos. 

Quando a serviço do crime, o capetinha serve para bloquear ou “embaralhar” o sinal de radiofrequência de rastreadores, que hoje vêm de fábrica em alguns automóveis e cuja instalação é exigida por muitas seguradoras para a contratação da apólice de caminhões e picapes a diesel.

No entanto, a essa tecnologia, a localização do veículo é inviabilizada enquanto bandidos removem a respectiva carga ou peças em desmanches ilegais.

Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), mesmo em presídios a utilização do jammer exige anuência prévia do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, o capetinha deve ser homologado pela agência.

“A venda é proibida, seja para pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Entidades penitenciárias são a única exceção. caso atendam as condições citadas.”, explica a Anatel.

A agência federal lembra ainda que o uso do bloqueador pode configurar atividade clandestina de telecomunicação, com pena de detenção de dois a quatro anos, aumentada em 50% se houver dano a terceiro. Também está prevista multa de R$ 10 mil, conforme o Artigo 183 da Lei nº 9.472, de 1997.

De acordo com as normas de uso do capetinha foram estabelecidas em 2002 por meio da Resolução nº 308 da Anatel, Dois projetos de lei apresentados na última década propõem elevar a punição para até oito anos de cadeia a quem “importar, exportar, fabricar, adquirir, vender ou expor à venda, oferecer ou ter em depósito bloqueadores de celulares”.

‘Vassourinha’

O jammer não é o único recurso utilizado pelos bandidos, que também recorrem a um equipamento conhecido como vassourinha, na tentativa de detectar o sinal do rastreador e até sua localização no carro. 

Aliás, organizações criminosas têm integrantes conhecidos como “desliga”, que utilizam esse aparelho para encontrar e remover ou neutralizar o rastreador após o furto do veículo.

A vassourinha também é ofertada em market places, inclusive com essa denominação, como um dispositivo contra escutas e câmeras de espionagem, que também fazem uso de ondas de rádio. Porém, nesse caso a venda não é ilegal, diz a Anatel: “A vassourinha é um detector de rádio frequência, ou seja, um receptor de varredura. Neste caso, não é passível de homologação”. (UOL)

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas