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sábado, 20 abril, 2024

Cientistas descobrem nova forma de gonorreia resistente a antibióticos

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Fonte: Canaltech

Em artigo publicado na revista Eurosurveillance, cientistas da Áustria descrevem a descoberta de uma cepa de gonorreia extremamente resistente a antibióticos. A infecção foi identificada em um homem de 50 anos, que embora tivesse sintomas reduzidos através de tratamento com ceftriaxona e azitromicina, não viu a doença ir embora.

Duas semanas depois de receber o tratamento, o paciente ainda estava testando positivo para gonorreia. Frente a isso, os médicos realizaram uma série de testes para ver a quais medicamentos a cepa poderia ser suscetível, já que normalmente essa infecção bacteriana é tratada com azitromicina e ceftriaxona, e nenhum dos dois fazia efeito.

Aparentemente, um tratamento envolvendo amoxicilina associada a ácido clavulânico pareceu funcionar contra a infecção, mas os especialistas se preocupam com a resistência antimicrobiana se tornando cada vez mais comum.

Para se ter uma noção, a bactéria que causa a gonorreia — Neisseria gonorrhoeae — vem desenvolvendo progressivamente resistência aos antibióticos desde a década de 1930, e tudo alcançou um patamar em que a Organização Mundial da Saúde passou a considerá-la um patógeno de “alta prioridade” e exigir o desenvolvimento de novos antibióticos.

O paciente da Áustria relatou contato sexual sem preservativo com uma mulher no Camboja cinco dias antes do início dos sintomas. Uma limitação do estudo é que a mulher não pôde ser rastreada e, portanto, não havia amostras dessa mulher disponíveis para estudar a cepa.

O irônico é que em 2019, outra cepa de gonorreia resistente à ceftriaxona foi relatada na França, também em um paciente que teve contato sexual com uma mulher no Camboja. “Na ausência de uma vacina gonocócica, o diagnóstico precoce e eficaz e o tratamento antimicrobiano da gonorreia são essenciais”, afirma o estudo.

Gonorreia

Segund o CDC (órgão de saúde dos EUA), a gonorreia pode infectar órgãos genitais, reto e garganta, e é mais comum entre os jovens de 15 a 24 anos. Vale o alerta de que uma pessoa grávida com gonorreia pode transmitir a infecção ao bebê durante o parto.

Para diminuir as chances de contrair gonorreia, as orientações médicas envolvem usar preservativos. De qualquer forma, é importante estar atento a sintomas como sensação de dor ou queimação ao urinar, aumento do corrimento vaginal, testículos doloridos ou inchados.

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