Fonte: Canaltech
A nova vacina da Oxford Vacmedix (empresa ligada à Universidade de Oxford) contra câncer de próstata, pulmão e ovário está em fase de testes no Reino Unido. A OVM-200, nome dado ao novo fármaco, servirá para o tratamento de tumores em estágios mais avançados, não sendo útil para a prevenção. Em outras palavras, ele é voltado ao ataque a células cancerígenas.
A vacina deverá atacar a survivina, uma proteína geralmente presente em células tumorais e com altas capacidades de proliferação — estudos associam sua presença com maior gravidade da doença, além de aumentar os riscos de recaída. O peptídeo da vacina terá o objetivo de estimular o sistema imunológico a atacar tais proteínas, ou seja, seu princípio é semelhante ao da imunoterapia.
Estudos e testes
Os testes já começaram em 35 pacientes oncológicos, que devem receber três doses da vacina com duas semanas de intervalo, junto a monitoramento por um semestre. Nessa fase de estudos clínicos, o alvo são especificamente os tumores na próstata, nos pulmões e nos ovários.
Especialistas lembram que a vacina tem como objetivo aumentar a sobrevida do paciente, já que será utilizada em casos graves, que utilizaram tratamentos padronizados contra o câncer previamente. É um recurso que irá integrar o rol de tratamentos oncológicos, mas não pode ser chamado de cura, especialmente devido ao momento da doença em que será utilizado, segundo os médicos.
Além disso, oncologistas lembram que a OVM-200 está ainda na primeira fase dos estudos clínicos, ou seja, ainda passará pela testagem e comparação com outros tratamentos contra o câncer. Caso demonstre uma eficácia igual ou melhor do que os atuais, mas com menor toxicidade, será um tratamento promissor.
A imunoterapia, tratamento já utilizado em pacientes oncológicos, tem o mesmo princípio da nova vacina: o estímulo do sistema imunológico para atacar as células cancerígenas. Ela não é, também, a única vacina contra o câncer: há outras, por exemplo, que objetivam abaixar as defesas da própria doença.