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quinta-feira, 25 abril, 2024

Nova linhagem do vírus da dengue é detectada no Brasil em meio a surto da doença

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Cepa mais disseminada no mundo só havia sido detectada na América do Sul uma outra vez, no Peru em 2019

Uma nova linhagem da dengue foi detectada pela primeira vez no Brasil em um homem de Aparecida de Goiânia (GO) por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO). O genótipo do sorotipo 2, também conhecido como genótipo cosmopolita, é a linhagem do vírus da dengue mais disseminada no mundo, mas nunca havia sido encontrada no país. O Brasil vive um surto da doença, com mais de 500 mil casos registrados entre janeiro e abril.

O achado representa o segundo registro oficial desta linhagem na América do Sul, já que no Peru houve um surto deste subtipo em 2019. Atualmente predomina no Brasil o vírus da dengue conhecido como genótipo 3 do sorotipo 2, ou genótipo asiático-americano.

Segundo a Fiocruz, a identificação foi feita em fevereiro a partir de uma amostra de um caso ocorrido no final de novembro na cidade goiana. A detecção foi comunicada às secretarias municipal e estadual e ao Ministério da Saúde e um artigo detalhando a descoberta foi publicado na plataforma de preprints medRxiv.

O vírus da dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e tem quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4,. Cada um deles pode se dividir em diferentes linhagens ou genótipos por causa das variações genéticas sofridas. A linhagem encontrada no Brasil é uma das seis do sorotipo 2 da dengue.

Segundo boletim do Ministério da Saúde publicado no começo de maio, houve um aumento de 113,7% nos casos prováveis da doença de janeiro a abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A região centro-oeste é a que tem mais casos no país, e Goiânia (GO) é o município que lidera a lista, com mais de 31 mil casos até 23 de abril, segundo o Ministério da Saúde.

Apesar dos números de casos em Goiás, os pesquisadores da Fiocruz afirmaram que os dados não fazem relação direta com o novo genótipo e o aumento de casos no estado.

Dos 60 genomas decodificados pelos pesquisadores em Goiás nas duas primeiras semanas de fevereiro, aproximadamente metade pertencia ao sorotipo 1 e a outra metade ao sorotipo 2. Entre as amostras do sorotipo 2, apenas uma era do genótipo cosmopolita e todas as demais apresentaram o genótipo asiático-americano, atualmente circulante no Brasil, disse o instituto em comunicado.

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