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quinta-feira, 28 março, 2024

Estilista refugiado cria tênis destruído da Balenciaga e venda por R$ 10 mil

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Ele fugiu com a família rumo à Alemanha em 1993 quando tinha 12 anos. Hoje, como diretor criativo da grife de luxo francesa, o georgiano Demna Gvasalia com seu estilo subversivo e ativismo conquistou os millenials.

Rasgado, sujo, mas à venda por R$ 10 mil. Este é o “full destroyed” (“completamente destruído”), o novo tênis lançado pela grife de luxo Balenciaga.

Disponível em versões mule, por US$ 495 (cerca de R$ 2,6 mil), e de cano alto, por US$ 1,8 mil (cerca de R$ 10 mil), o calçado é a nova aposta da marca e gerou memes nas redes sociais, inclusive no Brasil.

Mas, afinal, quem está por trás dessas criações que causam furor nas redes sociais?

É do ex-refugiado georgiano Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, a assinatura das criações. Ele está no posto desde 2015, quando substituiu o americano Alexander Wang à frente da grife francesa fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga em 1917.

“Esquisito e solitário”, como já se autodenominou em entrevistas, Gvasalia nasceu na Geórgia em uma família russa ortodoxa sob então domínio soviético em 25 de março de 1981.

Em 1993, com apenas 12 anos, foi obrigado a abandonar o país natal devido à guerra civil, rumo à Alemanha.

Mais tarde, voltou à Geórgia para estudar economia internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, na capital do país, por quatro anos, e depois frequentou a Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, na Bélgica, onde obteve seu mestrado em design de moda em 2006.

Hoje, vive com o marido, o músico e compositor francês Loïck Gomez, e os dois cachorros em um vilarejo perto de Zurique, na Suíça. É fluente em seis idiomas.

A experiência como refugiado moldou sua personalidade e se reflete em suas coleções. Na mais recente Semana de Moda de Paris, em março deste ano, Gvasalia prestou homenagens aos refugiados.

Enquanto as modelos desfilavam, ele recitava um poema em ucraniano, num momento que confessou ter sido difícil a nível pessoal.

A crise na Ucrânia, segundo o georgiano, fez ressurgir um trauma antigo. “Tornei-me um refugiado para sempre”, disse ele em um comunicado divulgado antes do desfile. “Para sempre, porque isso é algo que fica em nós. O medo, o desespero, a percepção que ninguém nos quer”, acrescentou. Fonte: UOL

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